CIOs debatem pressão para adotar novas tecnologias

Homem em pé com microfone na mão a fazer uma apresentação noturna durante um evento do itforum, com pessoas sentadas a assistir e um ecrã grande ao fundo com a frase 'Soluções únicas de fundo para resolver problemas de ponta a ponta', tecnologia

Essa tecnologia é para que? Essa é uma pergunta que diversos CIOs precisam fazer a si mesmos e aos seus pares ao longo de suas carreiras. Sempre que uma solução específica entra em evidência, a questão se torna ainda mais pertinente diante da pressão para adotá-la. Como lidar com essa tensão constante foi o tema de um dos painéis do IT Forum Na Mata, realizado na última sexta-feira (16), no Distrito Itaqui.

Reunindo diversos líderes de tecnologia, o evento contou com a participação de Marcio Crespo, CIO da Eucatex; Ademir Henri de Sousa, gestor de Governança de TI do Hospital das Clínicas; e Fabio Freitas, CIO da Stellantis, que discutiram a situação.

Durante a conversa, os executivos destacaram as inúmeras pressões enfrentadas no dia a dia — vindas de colegas que muitas vezes desconhecem as soluções já existentes na empresa ou até mesmo de fornecedores. Como gestor do Hospital das Clínicas, Sousa também mencionou as demandas provenientes de médicos e de outras áreas de pesquisa, especialmente relacionadas à inteligência artificial (IA), a tendência do momento.

“Existe o próprio profissional que está constantemente exposto a novas soluções. E é preciso ter muito jogo de cintura para identificar o que realmente é relevante e como podemos aplicar a IA de forma que ela tenha aderência ao negócio”, declarou.

IT Forum Na Mata: Executivos discutem quando tomar riscos diante das novas tecnologias

Para desenvolver esse tal “jogo de cintura”, o CIO da Eucatex compartilhou com os participantes que utiliza três perguntas básicas antes de qualquer adoção: a tecnologia proporcionará redução de custos ou aumento de receita? Ela trará ganhos de produtividade? A ferramenta melhorará a experiência do cliente? Se a resposta para todas for negativa, Crespo já sabe que o caminho será o da recusa — mas uma negativa fundamentada.

A fala foi seguida por uma observação de Sousa, que ressaltou a importância do momento adequado para cada implementação. “Saindo um pouco da IA, se pensarmos em segurança da informação, muitas vezes já temos contratos com empresas que, de certa forma, nos atendem. Então, será que é o momento certo para substituir aquela ferramenta?”

Já Freitas compartilhou uma abordagem diferente adotada na Stellantis: a criação de embaixadores de tecnologia em cada área e comitês que reúnem o setor com técnicos de TI e a área jurídica da empresa. “Todo mundo quer estar em evidência, então essa foi uma forma de abraçar a comunidade interna, promover o empoderamento daquela área, mas também gerar um senso de responsabilidade sobre o uso da tecnologia”, afirmou.

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