Com volta olímpica, queima de fogos e exibição do troféu, Argentina reencontra torcida após título da Copa do Mundo

Campeã do mundo, a seleção argentina reencontra o seu torcedor pela primeira vez desde a final do Mundial contra a França no Catar. Nesta quinta-feira, 23, o time faz em amistoso com o Panamá. A partida, por si só, é menos relevante do seu significado para o torcedor: é o reencontro de Messi, idolatrado no país e elevado à condição de “deus” — no mesmo panteão de Diego Maradona” — com sua gente dentro de campo. O craque retorna a Buenos Aires como nunca antes em sua carreira, agora com o troféu da Copa do Mundo nas mãos — o primeiro desde 1986, ainda sob o comando de Maradona. Em um estádio Monumental de Nuñez reformado, com capacidade para mais de 80 mil pessoas, o camisa 10 e capitão da seleção terá mais uma demonstração da idolatria. Além das festividades previstas, com volta olímpica, show de luzes e queima de fogos, o retorno dos campeões marca a consagração de uma geração que deu o único título que faltava na galeria de Messi. O troféu mundial será mostrado.

Desde o título, cenas da celebração nas ruas do país tomaram o mundo. Na mesma semana, a delegação argentina foi escoltada por milhões de pessoas pela capital até a Praça de Maio. Eles também foram recebidos na Casa Rosada, sede do governo, mas não chegaram a jogar, de fato, diante da sua torcida. Contra o Panamá, será a primeira vez. Concentrados desde a segunda-feira, 20, os jogadores já receberam o carinho do povo argentino em Buenos Aires. Em uma ida a uma churrascaria na cidade nesta semana, Messi levou milhares às ruas, que tinham apenas um objetivo: ver de perto o herói do tricampeonato mundial e eleito melhor jogador da Fifa pela sétima vez.

Questionado por uma suposta falta de identificação com a seleção nacional, já que acumulava títulos e grandes atuações pelo Barcelona, seu ex-clube, mas não repetia os feitos com a camisa da Argentina, Messi conseguiu mudar a sua história a partir de 2021. Com a conquista da Copa América, no Brasil, conseguiu o primeiro título da seleção desde 1993. No ano seguinte, foi o melhor jogador no Catar, com sete gols e quatro assistências em sete jogos. “O caso de Messi é lindo, ele merece todo esse carinho. Todos os jogadores do elenco merecem isso ao saírem na rua. A alegria ainda continua”, disse o técnico Scaloni, na primeira entrevista coletiva nesta semana.

Nos três meses que sucederam o título, o treinador, além de ser eleito o melhor do mundo na premiação The Best da Fifa, afirmou que contaria com Messi caso o atacante queira seguir na seleção para 2026. “Ele está bem, está aqui para continuar voltando. Quando me disser que não se sente bem, veremos.”

Com informações do Estadão Conteúdo