Comunidade internacional pede desescalada após ataques mútuos entre Israel e Irã

A comunidade internacional reagiu com preocupação à escalada de tensão no Oriente Médio após ataques sem precedentes entre Israel e Irã. A maioria dos líderes estrangeiros, além da Organização das Nações Unidas (ONU), fez apelos por moderação e desescalada do conflito. O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, pediu que os dois países exerçam “máxima contenção” e condenou qualquer escalada militar na região. Ele demonstrou especial preocupação com os ataques israelenses às instalações nucleares iranianas.

Nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump afirmou em sua rede Truth Social que o Irã deveria “fechar um acordo antes que não reste nada”, alertando para a possibilidade de ataques ainda mais intensos nos próximos meses. Ainda segundo Trump, “já houve muita morte e destruição, mas ainda há tempo para acabar com este massacre”.

Em comunicado conjunto, Trump e o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, defenderam a importância da diplomacia e do diálogo como caminho para resolver o impasse. Starmer também se pronunciou separadamente, pedindo redução urgente das tensões, pois “a escalada não beneficia ninguém na região”.

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) também se manifestou. O diretor-geral Rafael Grossi alertou que instalações nucleares “jamais devem ser atacadas” e advertiu sobre as graves consequências para o Irã, a região e o mundo. Ele reforçou o apelo à contenção por parte de todos os envolvidos.

A União Europeia, por meio da chefe da diplomacia Kaja Kallas, descreveu a situação como “perigosa” e pediu que todas as partes evitem uma nova escalada. Em linha semelhante, o primeiro-ministro da Alemanha, Friedrich Merz, defendeu o direito de Israel à autodefesa, mas também pediu que ambas as partes evitem ações que possam desestabilizar toda a região. O presidente da França, Emmanuel Macron, reiterou esse equilíbrio, reconhecendo o direito de Israel à segurança e, ao mesmo tempo, pedindo moderação para evitar riscos à estabilidade regional. Ele informou que discutiu o assunto diretamente com Trump.

Países do Oriente Médio também se manifestaram. A Arábia Saudita classificou os ataques israelenses como “flagrantes agressões” contra um “país irmão”, violando normas internacionais. Omã, que atua como mediador entre Teerã e Washington, chamou a ofensiva israelense de “escalada perigosa” que pode prejudicar soluções diplomáticas. A Jordânia anunciou o fechamento de seu espaço aéreo por precaução e declarou que não permitirá violações em seu território. Já o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, acusou Israel de querer arrastar o mundo para um “desastre” com ações que desrespeitam o direito internacional.

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A Rússia classificou os ataques de Israel como “inaceitáveis” e declarou que o Irã não os provocou. A China, por sua vez, expressou “profunda preocupação” com as possíveis consequências da ofensiva e disse se opor a qualquer violação da soberania iraniana. Na América Latina, a Venezuela denunciou a ação como “ato de guerra” e acusou o governo de Benjamin Netanyahu de ter um histórico de crimes. A crescente tensão entre Israel e Irã reacende alertas sobre os riscos de um conflito regional mais amplo, com impacto global. A maioria dos líderes internacionais continua pressionando por diálogo e soluções pacíficas.

*Com informações da AFP
Publicado por Felipe Cerqueira