Conectividade Significativa passa a ser o foco do MCOM, diz Juscelino Filho

Juscelino Filho

O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, afirmou nesta terça-feira, 25, que o governo tem agora como foco incluir digitalmente a população que vive em áreas de cobertura de telecomunicações, mas não acessa a internet ou precisa de serviços em pé de igualdade com os utilizados pelos mais ricos. Segundo ele, o MCOM buscará unir políticas de universalização com políticas de conectividade significativa.

“A conectividade significativa é aquela que melhora a vida das pessoas, que permite que pobres tenham o mesmo acesso ao conhecimento, ao entretenimento, à educação dos mais ricos. É sinônimo de inclusão e combate às desigualdades sociais de nosso país”, falou, durante o Seminário Conectividade Significativa: Um Novo Desafio para o Brasil.

Participam do evento, que vai até amanhã, 26, representantes da Unesco, do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), da União Internacional de Telecomunicações e da Anatel.

Filho afirmou que os recursos e compromissos do leilão 5G endereçam o fim do gap de conectividade, levando internet a áreas ainda sem cobertura, juntamente com dinheiro do Fust, que passou a ser aplicado em banda larga, as políticas Norte e Nordeste Conectados e o programa Internet Brasil. É o caso, argumentou, de pensar agora no acesso qualitativo pelo usuário.

“Muda a atuação do estado: a política pública passa a ser centrada no cidadão, que usa a internet, e não na rede, que carrega o sinal. Em outras palavras, o trabalho do governo é criar as condições para que o preço esteja bom, a velocidade esteja adequada e que cada pessoa em cada lar entenda como a tecnologia pode deixar a vida mais fácil”, falou.

Segundo ele, o governo também passa a trabalhar com o letramento digital, uma das principais causas para quem está fora da internet, mesmo em áreas com conectividade, continuar sem acesso, segundo o IBGE. A PNAD Continua 2021 indica 42,2% da população que não acesso alega que não sabe, 27,7% alegam que não têm interesse.

“O desenvolvimento das habilidades digitais em parcela expressiva da população exigirá um compromisso e conjunto de iniciativas, dentre essas, a introdução de elementos específicos de letramento digital no processo de ensino, aspecto chave da conectividade significativa nas escolas públicas brasileiras”, defendeu Filho.

O discurso do político encontrou eco nas palavras de Carlos Baigorri, presidente da Anatel, que também falou em letramento digital para promover a inclusão.

Marlova Noleto, Diretora e Representante da UNESCO no Brasil, defendeu a colaboração entre o governo brasileiro e organismos internacionais. “Queria reforçar nossa parceria, com Anatel, BID, para que possamos olhar para a conectividade significativa com o compromisso de não deixar ninguém pra trás e garantir o pleno acesso”, falou.

“Brasil tem 90% de conectividade entre a população, mas faltam políticas para acesso da baixa renda e alfabetização digital”, observou Morgan Doyle, do BID. O banco criou uma linha de crédito de US$ 1 bilhão para uso do governo federal, de governos estaduais e municipais.

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