Congressistas apresentam projeto de lei para proibir o TikTok nos EUA

Dois legisladores republicanos apresentaram nesta quarta-feira, 26, ao Congresso dos Estados Unidos um projeto de lei que visa proibir o aplicativo TikTok em dispositivos no país. Os congressistas Josh Hawlye, do Senado, e Ken Buck, da Câmara dos Representantes, que lideram a proposta, acusam o aplicativo chinês de ser uma “ameaça à segurança nacional” dos EUA. “O TikTok não está apenas diretamente associado ao Partido Comunista Chinês, mas também foi usado para espionar os americanos”, escreveu Buck em sua conta no Twitter. O projeto de lei ordena que o Executivo bloqueie e proíba transações de entidades ou indivíduos dos EUA com a empresa controladora do TikTok, a ByteDance. Além disso, pede ao diretor de Inteligência Nacional que entregue um relatório ao Congresso sobre as atividades do TikTok que os legisladores consideram uma “ameaça nacional”, incluindo a suposta permissão ao governo chinês para acessar dados americanos, segundo informou o portal de notícias “The Hill”. O TikTok negou essas acusações no passado, garantindo que não censura o conteúdo e tampouco fornece ao governo chinês acesso aos seus dados.

Em dezembro do ano passado, o Congresso dos EUA aprovou uma lei proibindo o uso do popular aplicativo de vídeo em dispositivos oficiais do governo federal. Vários estados, como Texas, Alabama, Virgínia e Tennessee, já fizeram o mesmo ao nível estadual, enquanto territórios como Indiana entraram com ações judiciais contra a ByteDance por supostamente permitir a espionagem chinesa. Em 2019, e como parte de sua estratégia para aumentar a pressão sobre a China, o então presidente dos EUA, Donald Trump, deu um ultimato ao TikTok para que transferisse suas operações para empresas americanas caso não quisesse ser banido do país, algo que, no entanto, acabou não acontecendo. O TikTok tem mais de 100 milhões de usuários nos Estados Unidos e em pouco tempo se tornou uma das redes sociais mais populares do mundo, principalmente entre os adolescentes.

*Com informações da EFE