Conheça a história de Camilla, rainha consorte que conquistou reconhecimento após ‘destruir’ conto de fadas de Charles III e Diana

Além de Charles III, Camilla Parker Bowles, amor da vida do rei, também será coroada neste sábado, 6. Ela assumirá o cargo de Rainha Consorte aos 75 anos. Apesar de ter sido vista por muito tempo com desconfiança pelos britânicos, aos poucos conseguiu ser aceita. Antes de falecer, Elizabeth II manifestou o seu “sincero desejo” de que, quando Charles ascendesse ao trono, Camilla fosse “conhecida como rainha consorte”, em vez de princesa. Já foi um grande passo. Entretanto, no convite que o palácio apresentou faltando um mês para a cerimônia, Camilla apareceu designada simplesmente como rainha – sem o título de consorte, o que gerou uma certa revolta nas redes sociais, com algumas pessoas dizendo que ela nunca seria a rainha delas e que a verdadeira monarca era e sempre será Elizabeth II. Independente do título que for realmente dado a ela, essa é uma grande ascensão para uma mulher que, até setembro, mês de falecimento de Elizabeth II, era conhecida como Duquesa da Cornualha – Camilla escolhia não usar o título de Princesa de Gales, fortemente associado à falecida Diana.

Charles III e Camilla se conheceram em 1970, durante uma partida de polo, mas só foram se casar em 2005. Contudo, durante os anos que em estiveram separados, ambos tiveram relacionamento e chegaram a se casar, mas mantiveram a realção entre os dois, fazendo que ela ficasse conhecida como “a outra” que destruiu o conto de fadas. A imprensa chegou a publicar suas escandalosas conversas íntimas por telefone. Após o divórcio de Charles e Diana em 1996, Camila começou a aparecer publicamente com Charles, também divorciada desde o ano anterior. A morte de Diana, em agosto de 1997, em um acidente de carro em Paris, no entanto, afastou Camila para as sombras. Nascida em 17 de julho de 1947, a filha do oficial Bruce Shand e Rosemary Cubitt, ricos proprietários de terras, foi educada nas melhores escolas particulares de Londres, França e Suíça. Apesar de não pertencer à nobreza, a jovem circulava nos mesmos círculos sociais. “Camilla nunca teve a ambição de ser princesa, duquesa ou rainha. Ela só queria estar com o príncipe de Gales”, disse Penny Junor, biógrafa de Charles, no décimo aniversário do casamento.

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Com senso de humor, simplicidade e desenvoltura, Camilla foi ganhando popularidade e visibilidade graças ao seu comprometimento com as causas sociais. Durante anos, ela defendeu vítimas de estupro e agressão sexual. Outros dos seus interesses são a saúde, as artes, a literatura e a equitação – passatempo que partilhou com Elizabeth II. “As pessoas percebem que Camilla é perfeita para Charles, e os dois trabalham maravilhosamente bem juntos”, disse recentemente o comentarista real Richard Fitzwilliams. Mostrando a imagem moderna de uma família recomposta, a nova rainha quis incluir na cerimónia de coroação os seus filhos e netos, junto aos de Charles III. Para sua coroação, ela optou por um dos trajes mais importantes de sua vida. Não se sabe, contudo, qual será o traje da rainha consorte, mas há quem diga que ele deve trazer tons azuis ou pastéis. Por ironia do destino, escolheu para sua criação o estilista britânico Bruce Oldfield, famoso por ter vestido a princesa Diana. Camilla usará a coroa da rainha Mary, avó de Elizabeth II. Para homenagear a icônica monarca que morreu setembro, usará vários diamantes de sua coleção pessoal, que a mãe de Charles costumava usar como broches.