Conheça as causas e os sintomas do sarcoma

O sarcoma é um tipo de câncer raro. Ele geralmente se manifesta como um nódulo ou inchaço que cresce com o tempo. Como os sintomas iniciais costumam ser discretos ou confundidos com outras condições, é fundamental estar atento a sinais como dores persistentes, caroços que aumentam de tamanho e alterações inexplicáveis no corpo.
“O sarcoma é um tipo de câncer que se origina nos tecidos conjuntivos do corpo, como ossos, músculos, gordura, cartilagem e vasos sanguíneos. Existem muitos subtipos de sarcomas, classificados em dois grupos principais: sarcomas de partes moles e sarcomas ósseos”, explica o oncologista Dr. Ramon Andrade de Mello, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cancerologia e pesquisador honorário da Universidade de Oxford (Inglaterra).
A incidência desse tipo de câncer é baixa. Ele representa em torno de 1% de todos os cânceres no Brasil — e entre os sarcomas, de 5 a 10% acometem as partes moles. “As extremidades superiores e inferiores são as mais acometidas, então braços, antebraços, mãos, coxas, pernas e pés são as áreas que o sarcoma mais aparece”, diz o Dr. Ramon Andrade de Mello.
Fatores de risco do sarcoma
De acordo com o oncologista, os fatores de risco para sarcomas incluem exposição à radiação (por exemplo, tratamento anterior de câncer), certas condições genéticas, como a síndrome de Li-Fraumeni, neurofibromatose e síndrome de Gardner, idade (são mais comuns em crianças e adolescentes, mas podem ocorrer em adultos), e história familiar da doença.
Sintomas do sarcoma
É importante ficar atento aos sintomas do sarcoma e procurar ajuda médica. “Os sinais e sintomas podem variar dependendo da localização do sarcoma, mas incluem: um nódulo ou massa visível sob a pele; dor na área afetada, que pode ser constante ou intermitente; inchaço ou aumento de volume na região afetada; e dificuldade em mover um membro se o sarcoma estiver em um local que afete as articulações”, diz o Dr. Ramon Andrade de Mello.

Diagnóstico do sarcoma
O pesquisador destaca que, para o diagnóstico dos sarcomas, é necessário exame físico e histórico médico, além de: imagem por ressonância magnética (MRI) ou tomografia computadorizada (CT) para visualizar a extensão do tumor; radiografias para avaliar a estrutura óssea; e biópsia para análise histológica do tecido suspeito.
Possibilidades de tratamento
Para o tratamento, o oncologista explica haver algumas possibilidades. “O tratamento pode incluir a cirurgia para remoção do tumor, radioterapia para destruir células cancerígenas, quimioterapia para tratar sarcomas mais agressivos ou metastáticos e terapias alvo e imunoterapia, dependendo do tipo específico de sarcoma”, comenta.
Entre as novidades no tratamento de sarcomas, há avanços em terapias direcionadas que atacam características específicas das células tumorais e o uso de imunoterapia para estimular o sistema imunológico a combater o câncer. “Ensaios clínicos também testam novas combinações de tratamentos e abordagens personalizadas, que levam em conta as características genéticas do tumor”, finaliza o Dr. Ramon Andrade de Mello.
Por Maria Claudia Amoroso