Conheça duas escritas que João Fonseca defende nesta sexta em Wimbledon

Mais jovem desde 2011 a chegar à terceira rodada de Wimbledon, João Fonseca tem a chance, nesta sexta-feira (4), de ir ainda mais longe. O desafio da vez é o chileno Nicolas Jarry (143º, ex-top 16, de 29 anos), em confronto inédito, em torno das 10h (de Brasília).
Aos 18 anos, o número 1 do Brasil e 54 do mundo defende, ao menos, duas escritas nesse duelo inédito. Na atual temporada, em torneios ATP, o carioca, nascido em Ipanema, está invicto em jogos de ATP contra rivais de ranking inferior. E sua última derrota para um sul-americano foi há mais de um ano.
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Curiosamente, foi para um compatriota de Jarry o último revés de João Fonseca, para sul-americano: em abril de 2024, para Alejandro Tabillo (então 41º), nas quartas de final do ATP 250 de Bucareste. Naquela semana, aos 17 anos, o carioca era apenas o 276º do planeta.
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Desde então, o brasileiro venceu os seis duelos diante de sul-americanos, todos em 2025 e contra argentinos. Em janeiro, ao furar o qualifying do Aberto da Austrália, duas das três vitórias de João Fonseca (então 112º) foram diante de rivais portenhos: Federico Gomez (134º) e Thiago Tirante (116º), esse último na final do classificatório.
No mês seguinte, o número 1 do Brasil e 99º do mundo naquela semana derrotou nada menos que quatro anfitriões na campanha do título do ATP 250 de Buenos Aires. Thomas Etcheverry (44º, na estreia), Federico Coria (115º, nas oitavas), Mariano Navone (47º, nas quartas, salvando dois match-points) e Francisco Cerundolo, (28º, na final) cruzaram o caminho do carioca na capital portenha. Com o troféu, João Fonseca se tornou o mais jovem do país a triunfar em um ATP.
Em torneios ATP em 2025, nenhum dos 10 algozes em 23 jogos antes de Wimbledon tinha o ranking inferior ao de João Fonseca. O único revés do pupilo do técnico Guilherme Teixeira para um tenista com posição abaixo foi para o holandês Jesper de Jong (93º), na estreia do Challenger de Estoril (torneios de nível abaixo dos ATP’s). Naquela semana, o número 1 do Brasil era o 65º.
Primeiro algoz do carioca neste ano, na segunda rodada do Aberto da Austrália, o italiano Lorenzo Sonego era o 55 do mundo naquela semana. E, o brasileiro, o 112º. Na Copa Davis, no mesmo mês, Fonseca (99), perdeu para o francês Ugo Humbert (15º). No Rio Open, dois dias após ser campeão na capital argentina, o brasileiro (68º) foi surpreendido pelo francês Alexandre Muller (60º).
Em março, João Fonseca (80º) perdeu na segunda rodada do Masters 1000 de Indian Wells para o campeão britânico Jack Draper (14º) e na terceira fase de Miami para o austrlainao Alex de Minaur (11º). Naquela semana na Flórida o pupilo do técnico Guilherme Teixeira era o 60º do mundo.
No mês seguinte, o americano Tommy Paul (12º) superou o carioca (65º), na segunda rodada do Masters 1000 de Madrid. Em maio, o húngaro Fabian Marozsan (61º) bateu o brasileiro (65º) na fase de abertura do Maters 1000 de Roma, enquanto Draper (5º) o superou na terceira rodada de Roland Garros.
Em junho, nos dois torneios prepratórios para Wimbledon, na grama, João Fonseca (57º) caiu para o italiano Flavio Cobolli (24º, desperdiçando um match-point), na estreia do ATP 500 de Halle, na Alemanha, e para o americano Taylor Fritz (5º), nas oitavas em Eastbourne, na Inglaterra.
Saque é a principal arma do rival de João Fonseca
Em Wimbledon, onde joga pela primeira vez como profissional, o brasileiro estreou vencendo o anfitrião Jacob Fearnley (51º) e, na segunda rodada, superou o americano Jenson Brooksby (101º).
Dono de três títulos de ATP, todos no saibro, em Genebra, Bastad e Santiago, o adversário do brasileiro nesta sexta, de 2,01m, que tem no potente saque sua maior arma, vem de triunfos sobre o dinamarquês Holger Rune (8º) e o americano Learner Tien (62º).
Norrie ou Bellucci nas oitavas de final
Quem avançar do duelo entre João Fonseca e Jarry mede forças, nas oitavas de final, contra o britânico Cameron Norrie (61º, de 29 anos) ou o italiano Mattia Bellucci (73º, de 24). Em abril de 2024, o tenista inglês derrotou o carioca na segunda rodada do Masters 1000 de Madri, no saibro. Foi a primeira participação do pupilo de Guilherme Teixeira em um torneio desse nível.
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