Corrupção do INSS: seria um novo Petrolão?

Pelo tamanha da cifra desviada, R$ 8 bilhões, suspeito que a corrupção no INSS tenha um aspecto sistêmico. Além do montante, tem um outro fator que corrobora para esta hipótese: a engenhosidade do roubo. O dinheiro era desviado de pensionistas para sindicatos, passando pela anuência de membros do INSS. A pergunta que fica é se os sindicatos eram o destino final ou o dinheiro seguiria das entidades para partidos e políticos? A pergunta é válida, pois, no passado, assistimos a gráficas e empresas de publicidade serem meios de pagamento num engenhoso esquema de corrupção que assaltou os cofres públicos brasileiros.
Não se pode descartas as lições deixadas pelo Mensalão e pelo Petrolão evidenciando o caráter sistêmico da corrupção. Seria muita ingenuidade acreditar que desvios bilionários, envolvendo altos funcionários públicos, dirigentes sindicais e políticos, tenha acabado. Pelo contrário, com a anulação da Lava Jato, a impunidade faz um convite à corrupção sistêmica.