Didier Deschamps se torna primeiro técnico com duas finais consecutivas de Copa desde 1990

O treinador francês Didier Deschamps está para escrever (ainda mais) seu nome na história das Copas do Mundo. Nesta quarta-feira, 14, a França venceu o Marrocos por 2 a 0 e se classificou para a grande final do próximo domingo, 18, contra a Argentina. Com isso, o técnico de 54 anos se tornou o primeiro comandante a chegar em duas decisões de Copas seguidas desde o argentino Carlo Bilardo e do alemão Franz Beckenbauer, que disputaram as finais de 1986 e 1990 (um título para cada). Caso vença o jogo decisivo, Deschamps será o segundo treinador a vencer duas vezes o Mundial, ao lado de Vittorio Pozzo (1934 e 1938). Ele já está em uma lista seleta de campeões mundiais tanto como jogadores tanto como treinadores, ao lado de Zagallo e Beckenbauer. Independente do resultado no domingo, é muito provável que renove seu contrato com a Federação Francesa. Deschamps fez uma campanha vencedora como jogador. Estreou no profissional em 1985, no Nantes, e posteriormente defendeu o Olympique de Marseille, onde se destacou vencendo três vezes a Ligue 1 (um dos títulos foi anulado por denúncias de fraude) e uma vez a Liga dos Campeões, maior título do clube. Na Juventus, da Itália, foi bicampeão da Supercopa, tricampeão da Série A, novamente campeão da Champions, campeão da Supercopa Europeia, Copa da Itália e Mundial. É um dos ídolos da Velha Senhora.

O sucesso o credenciou para jogar no Chelsea onde venceu uma Copa da Inglaterra. Em 2001 encerrou a carreira no Valencia, da Espanha. Na seleção venceu a Copa de 1998, sendo capitão, e foi campeão da Eurocopa 2000. Ao todo foram 103 jogos e quatro gols marcados com os Les Bleus. Logo após sua aposentadoria dos gramados, estreou como treinador no Mônaco e foi campeão da Liga Francesa. Em seguida, treinou a Juventus e venceu a Série B em 2006. Deschamps voltou para o Olympique como técnico e novamente levantou taças: 1 Ligue 1, 3 Copas da Liga Francesa e 2 Supercopas. Em 2012 assumiu o comando da seleção e desde então foram 139 jogos com 90 vitórias, 26 empates e 23 derrotas, além do título da Copa de 2018 e da Liga das Nações 2020/21.