Economia global de golpes veio para ficar, alerta SAS

Enquanto bancos, fintechs, varejistas e outros negócios correm com suas jornadas digitais para atender as expectativas dos consumidores em relação aos meios de pagamento, criminosos se aproveitam das fragilidades que surgem a todo o momento para dar golpes. Um novo estudo realizado pela Javelin e pelo SAS explorou o cenário das fraudes em 12 países e concluiu que há “economia global de golpes” que “veio para ficar”.
De acordo com o relatório, os esquemas de 2020 foram substituídos por uma abundância de golpes: golpes de romance, oportunidades falsas de trabalho remoto e esquemas de investimento populares, entre outros. O estudo ressalta que o Brasil está à beira de um enorme crescimento digital que depende de como os serviços financeiros podem ser democratizados.
No entanto, a predisposição do brasileiro para adotar rapidamente novas tecnologias também o coloca na mira dos atacantes.
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A cultura de pagamentos peer-to-peer (P2P) está se expandindo no Brasil com o Pix, e o investimento em fintechs voltadas para os cidadãos sem conta bancária atingiu níveis recordes. “Ainda assim, a proliferação de vazamentos de dados, golpes e ataques de malware ameaçam o enorme potencial de crescimento digital do país, exigindo proteções robustas contra fraudes e segurança corporativa”, alerta o relatório.
Como contornar as fraudes digitais
O estudo lista também recomendações para combater a fraude na era digital. Entre elas estão a autenticação multifatorial e alertas baseados em contas, que devem ser considerados essenciais, e não apenas interessantes. Também aponta como essencial a consolidação de soluções de monitoramento em uma plataforma única e poderosa controlada por IA.
“A implementação criteriosa de camadas de modelos de machine learning, biometria e ferramentas contextuais suplementares pode ajudar prestadores de serviços financeiros a tomar decisões mais rápidas e precisas em todas as verticais”, diz em comunicado Krista Tedder, diretora de pagamentos da Javelin Strategy & Research. “As soluções devem ser interligadas – e sustentadas por fluxos de dados compartilhados – para combater, efetivamente, ferramentas e estratégias cada vez mais sofisticadas que os criminosos vêm empregando em todo o mundo”.
“Só nos Estados Unidos, os consumidores perderam US$ 8,8 bilhões em golpes no ano passado — um salto de mais de 30% entre 2021 e 2022 — de acordo com a Comissão Federal de Comércio”, diz Stu Bradley, vice-presidente sênior de inteligência de fraude e segurança do SAS.
“A confiança do consumidor no ecossistema global de pagamentos digitais é imprescindível, e ela se baseia no uso eficaz, por parte das empresas, de tecnologias avançadas de autenticação de clientes e antifraude, incluindo IA, machine learning e biometria, para detectar e prevenir fraudes em todos os canais”, pondera o VP.
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