El Niño atinge pico e dá espaço ao La Niña em 2024
Depois de atingir o pico, o El Niño começará a perder força gradualmente. Neste início de 2024, estamos vivendo um fenômeno historicamente forte, que é quando a temperatura na região de medição no Oceano Pacífico Equatorial fica ao redor de 2°C. Os efeitos do El Niño são sentidos no Brasil com aumento no volume de chuvas nas regiões Sul e diminuição em áreas do Norte. Na atual temporada, a falta de umidade e altas temperaturas estão afetando negativamente o desenvolvimento da safra de verão em diferentes Estados. A agência climática dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês) informou nesta semana que, apesar do enfraquecimento do El Niño, os impactos poderão durar até abril. E chama atenção para o aumento das chances do La Niña voltar em 2024. A partir de julho, há quase 60% de chance de ocorrência deste fenômeno que, tradicionalmente, reduz o volume de chuvas no Sul e aumenta no Norte, ou seja, o inverso do El Niño, que está em vigor.
Segundo a NOAA, historicamente a maioria dos eventos mais fortes de El Niño foram seguidos por La Niña. Ou seja, não é incomum, é esperado que isso ocorra. O agronegócio sabe a influência que tais fenômenos climáticos tem no campo. Antecipar o que está por vir pode contribuir muito em decisões, desde a compra de sementes até insumos para o manejo das lavouras. Se a previsão da agência climática dos EUA estiver mesmo certa, 2024, que começou com um El Niño historicamente forte, terminará com o La Niña dando as cartas.