‘Em 15 anos, PIB do Brasil pode crescer 10%’, diz Alckmin sobre reforma tributária

Os desafios da agenda de competitividade industrial estiveram no foco do discurso do vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), durante o 5º Fórum Paulista de Desenvolvimento, realizado em São Bernardo do Campo, nesta segunda-feira, 15. Alckmin disse que o governo prepara um programa de parcerias público-privadas (PPPs) e de concessões: “A logística é fundamental e para investir em boas rodovias, hidrovias, ferrovias, dutovias e aerovias vai ter um grande programa de PPPs e concessões, além do investimento privado, para a gente reduzir custos de logística e poder avançar mais”. O vice-presidente também fez uma defesa da reforma tributária: “A simplificação pode ajudar e estimular investimentos, estimular exportação e ajudar a indústria para poder ter um crescimento maior. Claro que todos vão ser ouvidos. A ideia não é tirar de um município ou Estado e passar para outro, mas sim ter uma neutralidade federativa”.

“Há um estudo que mostra que, em 15 anos, o PIB do Brasil pode crescer 10%, porque essa é uma reforma que traz eficiência econômica”, argumentou. Durante seu discurso, Alckmin antecipou que no próximo dia 25 de maio, data que se comemora o Dia da Indústria, o Governo Federal deve anunciar uma série de medidas para recuperar a indústria automobilística. De acordo com o prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando (PSDB), o anúncio tem relação com a redução da carga tributária para veículos abaixo de R$ 100 mil. “Se faz extremamente necessário a gente aquecer a venda de veículos, considerando que essa é a força motriz da nossa região. A indústria automobilística ainda é a maior empregadora de São Bernardo e tem um efeito prático em todo o Grande ABC”, declarou Morando.

Além da redução da carga tributária, o prefeito afirmou que espera benefícios tributários para empresas como montadoras e frotas, que são hoje as maiores compradoras de veículos, e a volta de mecanismos de financiamento: “Usar linhas do FGTS como fundo garantidor. Isso também é um benefício importante que você teria o governo como garantidor e não apenas o o próprio bem”. Alckmin ainda avaliou que o cenário do câmbio é favorável e a cotação do dólar oscilando em R$ 5 está em um patamar competitivo para os produtos brasileiros.

*Com informações da repórter Soraya Lauand