Em 2022, cresceu o déficit comercial do setor eletroeletrônico

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O ano terminou com aumento da dependência do mercado brasileiro de produtos elétricos e eletrônicos importados. Em 2022, o déficit da balança comercial do setor eletroeletrônico foi de US$ 38,56 bilhões, 11,2% maior do que os US$ 34,68 bilhões registrados em 2021.

O déficit existe quando as importações superam em muito as exportações. Por ter poucas fábricas de componentes e equipamentos industrias, naturalmente o Brasil amarga sempre déficits na área, uma vez que as indústrias locais precisam importar quase todas as peças para a montagem de eletrônicos.

A expansão do déficit no setor eletroeletrônico em 2022 se deu apesar de um crescimento de 16,2% nas exportações, enquanto as importações aumentaram 11,9%.

A maior parte do déficit ocorreu em função dos negócios com os países da Ásia (US$ 33 bilhões), sendo que somente com a China, o saldo negativo atingiu US$ 23 bilhões e com os demais países asiáticos, US$ 10 bilhões.

As importações de Componentes somaram US$ 22,2 bilhões, 3,5% acima das ocorridas no igual período do ano
anterior. Além das compras externas de semicondutores, o resultado desta área contou com as importações de componentes para telecomunicações (US$ 3,8 bilhões), componentes para informática (US$ 2,6 bilhões), eletrônica embarcada (US$ 2,4 bilhões), componentes para equipamentos industriais (US$ 1,6 bilhão),
entre outros. Todos esses itens estão entre os dez produtos mais importados do setor.

Nas exportações, houve grande aumento em informática devido a vendas de caixas registradoras para outros países. O segmento de telecomunicações também ampliou as vendas para fora, em 25,8%. A maior parcela (29%) dos nossos industrializados foi comercializada com a Aladi (América Latina), sem considerar a Argentina. Considerando os hermanos, salta para 48%. EUA compraram 22%, Europa, 11%, e a China apenas 3%.

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