EXCLUSIVO: empresas brasileiras devem destinar 20% de suas receitas para inovação digital em 2025

Um homem vestido formalmente, segurando um tablet, com elementos gráficos digitais projetados no ar. Os ícones incluem um foguete, símbolos de inteligência artificial (AI), pesquisa, gráficos de crescimento, alvos e instituições financeiras. A cena transmite inovação, tecnologia e crescimento empresarial (startups, startup)

A transformação digital seguirá como prioridade estratégica para empresas brasileiras nos próximos anos. De acordo com o report “Transformação Digital no Brasil: Perspectivas para 2025”, lançado pela Mirante Tecnologia, a previsão é que as empresas destinem, em média, 20,5% de suas receitas líquidas para ativos intangíveis até esse ano, impulsionados principalmente pela adoção de inteligência artificial (IA) e automação de processos.

Apesar do avanço – em 2023, as empresas destinaram cerca de 15,1% de suas receitas para esses ativos –, o país ainda enfrenta desafios. Apenas 0,6% da receita líquida das empresas é direcionada a Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), um percentual muito abaixo da média dos Estados Unidos, que gira em torno de 2,8%, segundo a PwC.

“Não basta apenas investir em tecnologia. O sucesso da transformação digital depende de uma cultura empresarial que estimule a inovação, a criação e a adaptação constante às novas realidades do mercado”, afirma Danilo Custódio, CEO da Mirante Tecnologia.

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IA segue na frente

Uma das tecnologias que mais vem sendo adotada pelas empresas é a inteligência artificial, com a digitalização já sendo uma realidade consolidada em mercados desenvolvidos. Globalmente, 76% das empresas utilizam IA em pelo menos uma função de negócio, com os Estados Unidos e a China liderando os investimentos, que devem alcançar US$ 18 bilhões até 2028, conforme dados do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia.

No Brasil, 60% das empresas já utilizam IA generativa no ambiente de trabalho, sendo que a América Latina se destaca com 74% dos desenvolvedores latino-americanos usando ferramentas de IA semanalmente, acima da média da Europa (69%) e dos EUA (60%), de acordo com Prescouter & Abstrakta.

Este índice reflete o potencial da tecnologia para otimização de processos e aumento da produtividade.  No mundo, 79% dos líderes concordam que sua empresa precisa adotar IA para se manter competitiva, enquanto 60% deles estão preocupados com a falta de um plano de implementação de IA na liderança de suas organizações.

“Para que a transformação digital seja bem-sucedida, é necessário alinhar processos, pessoas e tecnologias. Os líderes devem priorizar em seus planejamentos modelos de reconhecimento, multiplicadores internos e remuneração atrelada à inovação. Assim, a inovação se integra à essência da organização, em vez de ser um projeto isolado”, explica Custódio.

Neste sentido, o report ressalta que a transformação digital não depende apenas de tecnologia, mas também da mudança na cultura organizacional. No Brasil, 49% das empresas consideram que sua estrutura interna ainda é um dos maiores entraves para a adoção de novas tecnologias.

“É essencial que as empresas estabeleçam sistemas que incentivem o comportamento inovador. Além de experimentar novas tecnologias, essa cultura permite que as empresas gerem mais valor e ajudem a manter a competitividade no mercado”, finaliza o executivo.

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