Empresas que investem em eficiência de TI têm mais lucro e agilidade, diz relatório

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Um novo estudo da SoftwareOne, realizado em parceria com a consultoria ThoughtLab, revela que empresas com estratégias claras de otimização de custos em tecnologia da informação apresentam indicadores superiores de retorno sobre investimento (ROI), lucratividade e velocidade no lançamento de soluções digitais. O levantamento ouviu decisores de 600 companhias em 12 países, incluindo o Brasil.

As empresas classificadas como “Inovadoras Otimizadas” – aquelas que adotam boas práticas de gestão financeira da TI – registram desempenho expressivamente melhor do que as que ainda estão em estágio inicial. Segundo os dados, 50% dessas organizações têm maior ROI, em comparação com 26% das que não otimizam a área. Em termos de lucratividade, a diferença é de 35% contra 23%. Também são mais rápidas para colocar produtos no mercado (43% vs. 26%).

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Escassez de orçamento trava a inovação

Apesar do potencial de retorno, 48% das companhias de médio porte afirmaram não ter, ou não saber se têm, orçamento para investir em inovação. O dado, considerado crítico pelos analistas, indica que quase metade do mercado ainda não enxerga a tecnologia como alavanca estratégica — ou enfrenta entraves internos para planejar essa alavancagem.

Segundo Otavio Argenton, country manager da SoftwareOne Brasil, o desafio está em quebrar o ciclo da escassez orçamentária por meio da eficiência. “Empresas que otimizam seu ambiente de TI conseguem liberar recursos para investir nas frentes que realmente impulsionam valor”, afirma.

7 práticas que diferenciam os líderes digitais

O estudo identificou sete práticas adotadas pelas empresas que lideram a inovação com eficiência. São elas:

  1. Infraestrutura moderna: uso consolidado de nuvem e sistemas escaláveis.

  2. Segurança e automação: investimentos consistentes em segurança de rede, automação de processos e gestão de SaaS.

  3. Migração para a nuvem: previsão de ter 70% das aplicações em cloud até 2026, incluindo softwares personalizados.

  4. Governança e compliance: presença de políticas robustas de segurança e conformidade.

  5. Uso de inteligência artificial: 84% usam IA em processos internos e 71% aplicam a tecnologia na experiência do cliente.

  6. Adoção de IA generativa: empresas líderes estão quase duas vezes mais avançadas na implementação da GenAI.

  7. FinOps sustentável: integração de práticas financeiras com metas ambientais.

Essas práticas, segundo Argenton, evidenciam uma mudança no papel da TI dentro das organizações — de área de suporte para centro estratégico de decisões. “Com prioridades bem definidas, é possível mapear todo o ambiente tecnológico e identificar onde cortar gastos e onde investir. Isso permite direcionar recursos para tecnologias como IA generativa, segurança da informação ou automação. A eficiência passa a financiar a inovação”, diz.

Caminhos possíveis para o Brasil

Os dados revelam que o mercado brasileiro enfrenta um dilema entre intenção e capacidade de execução. Ao mesmo tempo em que há consciência sobre a importância de inovar, ainda falta clareza sobre como estruturar os investimentos. “Cada vez mais vemos CIOs e CFOs atuando de forma conjunta para tornar a TI uma área estratégica, liberando orçamento para o que realmente move o negócio: inovação, crescimento e competitividade”, afirma o executivo.

Sobre a pesquisa

O relatório “Impulsionando resultados de negócios por meio da inovação com otimização de custos” foi conduzido no final de 2024. A amostra inclui empresas com receita entre US$ 500 milhões e US$ 5 bilhões, além de grandes corporações com receita superior a US$ 5 bilhões. O levantamento abrangeu seis setores da economia: serviços financeiros, bens de consumo e varejo, saúde e ciências da vida, serviços profissionais, manufatura e automotivo, e tecnologia, mídia e telecomunicações.

Além do Brasil, participaram organizações de países na América do Norte, América Latina, Europa, Oriente Médio e Ásia-Pacífico. Os respondentes são executivos C-level e gestores com conhecimento sobre estratégias de inovação e gestão de ativos de TI.

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