Empresas migram para o Texas e reconfiguram cenário tecnológico nos EUA

O Texas, nos Estados Unidos, tem se tornado um polo de inovação e negócios à medida que grandes empresas abandonam estados como Califórnia e Nova York, fugindo de altos custos e regulações rígidas. Elon Musk foi um dos últimos a aderir à tendência, transferindo as sedes da X e da SpaceX para o estado, citando políticas locais como um dos fatores decisivos.
Desde 2018, mais de 460 empresas mudaram suas sedes, com o Texas atraindo a maior parte delas. A falta de impostos sobre renda, custos operacionais mais baixos e incentivos fiscais tornaram o estado um destino estratégico para corporações como Oracle, Hewlett Packard Enterprise e Charles Schwab.
A migração impactou as finanças públicas: entre 2019 e 2022, a Califórnia perdeu US$ 80 bilhões em arrecadação, enquanto Texas e Flórida ganharam US$ 31 bilhões e US$ 116 bilhões, respectivamente.
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Além da economia, a mudança tem implicações políticas. Musk, aliado do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não está sozinho: investidores influentes do Vale do Silício, como Marc Andreessen e Ben Horowitz, também se aproximaram do presidente, defendendo um ambiente mais favorável a startups.
A nomeação de J.D. Vance como vice na chapa republicana pode fortalecer essa conexão. Ex-investidor de risco e crítico das big techs, Vance propõe desmembrar gigantes como o Google e vê a IA como um pilar da inovação. Trump, antes cético sobre novas tecnologias, agora apoia inteligência artificial (IA) me criptomoedas, aceitando até doações em Bitcoin.
Com um ambiente econômico atrativo e apoio crescente do setor tecnológico, o Texas consolida sua posição como um dos principais centros de inovação dos EUA, enquanto a Califórnia lida com os desafios dessa fuga empresarial.
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