Como as empresas podem evitar uma grande interrupção de software
Evitar grandes interrupções de software é uma meta essencial para a resiliência de negócios em qualquer setor. Como os eventos recentes demonstraram, essas paradas são uma ameaça sempre presente em nosso mundo cada vez mais digital, pois, das operações de negócios à comunicação pessoal, a dependência ao software e à infraestrutura de nuvem só aumenta.
As interrupções podem parar os serviços, causar perdas financeiras e prejudicar a reputação da marca. Compreender as suas causas é fundamental para evitá-las e garantir operações de tecnologia mais tranquilas e confiáveis. Também é essencial ter uma estratégia para lidar com elas, incluindo processos de correção documentados e recursos de observabilidade para ajudar a identificar e resolver ocorrências de forma proativa para minimizar o impacto.
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Essas interrupções podem ocorrer por vários motivos, desde contratempos internos até ataques externos. Cada um desses fatores pode causar uma grande interrupção, mas, com frequência, elas resultam de uma combinação de problemas.
Aqui estão seis das causas mais comuns de grandes interrupções e o que as organizações podem fazer para evitá-las.
Bugs de software: Os bugs de software e as versões ruins de código são normalmente os culpados por trás das interrupções tecnológicas. Essas ocorrências podem surgir de erros no código, testes insuficientes ou interações imprevistas entre os componentes do software. Além disso, a complexidade dos sistemas de software modernos aumenta o risco de paradas e, com as aplicações cada vez mais interconectadas, o potencial de falhas aumenta. Para evitar isso, as organizações devem implementar procedimentos de teste completos, incluindo iniciativas automatizadas e práticas de integração contínua. Revisões regulares de código e um processo robusto de garantia de qualidade também são vitais para identificar problemas antes que cheguem à produção.
Ataques cibernéticos: As ameaças cibernéticas estão em constante evolução, com os invasores desenvolvendo métodos mais sofisticados para explorar vulnerabilidades. Ransomware e Remote Code Execution (RCE) são exemplos em que agentes mal-intencionados exploram vulnerabilidades em sistemas. Os ataques de negação de serviço distribuído (DDoS) também podem ser altamente prejudiciais às organizações. Para lidar com esses riscos, é preciso implementar medidas de segurança robustas que combinem ações preventivas proativas, como análise de vulnerabilidades em tempo de execução, com proteção abrangente de aplicações e perímetro por meio de firewalls, sistemas de detecção de intrusão e auditorias de segurança regulares. O treinamento dos funcionários e manter software e sistemas atualizados também são fundamentais.
Alta demanda: Picos repentinos de demanda podem sobrecarregar os sistemas não projetados para lidar com essas cargas, levando a interrupções. Isso geralmente ocorre durante grandes eventos e promoções. Por exemplo, sites de varejo frequentemente travam durante grandes momentos de venda, como a Black Friday ou a Cyber Monday. Da mesma forma, serviços de streaming online sofrem com o tempo de inatividade durante as estreias de programas muito aguardados, pois milhões de espectadores tentam acessar o conteúdo simultaneamente. Isso ressalta a importância de se preparar para cenários de pico, mesmo que ocorram com pouca frequência. As empresas devem investir em infraestrutura dimensionável, balanceamento de carga e tecnologias de dimensionamento de carga. Ainda, testes de performance e planos de contingência para picos ajudam a garantir que os sistemas permaneçam operacionais.
Ausência ou falhas nos testes de backup e recuperação: As falhas no processo de backup podem levar a interrupções, especialmente quando os sistemas primários falham e os backups não são ativados conforme o esperado. Isso pode ser resultado de backups configurados incorretamente, dados corrompidos ou testes insuficientes. O impacto dessas falhas pode ser particularmente devastador, pois muitas vezes elas vêm à tona durante situações já críticas. Por exemplo, um prestador de serviços de saúde pode perder o acesso aos registros dos pacientes durante uma falha no sistema primário e descobrir que os dados de backup estão incompletos ou corrompidos. Isso mostra a importância de ter sistemas de backup e garantir que eles sejam totalmente funcionais, atualizados e capazes de atender às necessidades da organização. É fundamental realizar regularmente testes de backup e recuperação. As empresas também devem ter diversas opções de recuperação, incluindo snapshots, replicação e backups para oferecer opções de RTO (Recovery Time Objective) e por (Recovery Point Objective). Um plano abrangente de disaster recovery com testes consistentes também é fundamental para garantir que as grandes recuperações funcionem.
Problemas de rede: Problemas de rede abrangem ocorrências com provedores de serviços de Internet, roteadores ou outros equipamentos. Eles podem ser causados por falhas de hardware, erros de configuração ou fatores externos, como cortes de cabos. O impacto dessas ocorrências pode variar, desde velocidades lentas da Internet, que prejudicam a produtividade, até interrupções completas que podem parar totalmente as operações comerciais. Para atenuar tudo isso, é preciso garantir práticas robustas de monitoramento e gerenciamento de rede. Rede redundantes e sistemas automatizados de failover podem ajudar a manter a conectividade durante as interrupções.
Erro humano: O erro humano continua sendo uma das principais causas de interrupções tecnológicas, incluindo os cometidos durante a manutenção de rotina, configurações incorretas ou exclusões acidentais. Em ambientes de alta pressão, até mesmo profissionais experientes podem errar, especialmente quando lidam com sistemas complexos ou prazos apertados. Um único passo em falso, como um comando errado ou um detalhe de configuração esquecido, pode se transformar em uma grande interrupção, afetando vários sistemas e serviços. Programas abrangentes de treinamento e protocolos rigorosos de gerenciamento de mudanças podem ajudar a reduzir os erros humanos. Sistemas automatizados para tarefas de rotina e processos de revisão minuciosos para ações críticas também podem minimizar o risco de erros.
Compreender as diversas causas das interrupções tecnológicas é essencial para o desenvolvimento de estratégias para evitá-las, mas isso é apenas o começo. Um plano de atenuação eficaz requer uma solução de observabilidade que forneça uma visão completa de ponta a ponta de todas as aplicações e serviços. As interrupções de software são comuns, mas ao compreender as suas causas básicas e implementar uma plataforma de observabilidade, as organizações podem aumentar a confiabilidade e a resiliência de sua infraestrutura de tecnologia, garantindo a continuidade e mantendo a confiança em um mundo cada vez mais digital.
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