Entenda a operação da PF que investiga R$ 6,3 bilhões em cobranças indevidas de aposentadorias

A Polícia Federal, em conjunto com a Controladoria-Geral da União, lançou nesta quarta-feira (23) a operação “Sem desconto” para investigar um esquema que envolve descontos indevidos em aposentadorias e pensões. Desde 2019, esses descontos não autorizados geraram um total de R$ 6,3 bilhões em cobranças. A operação abrange 211 mandados de busca e apreensão, além do sequestro de bens que ultrapassam R$ 1 bilhão e a prisão temporária de seis indivíduos. As apurações indicaram que havia irregularidades nos descontos de mensalidades de associações aplicados sobre os benefícios previdenciários.
Como resultado, seis servidores públicos foram afastados de suas funções. Os envolvidos nas investigações podem enfrentar acusações de corrupção, violação de sigilo funcional e lavagem de dinheiro, uma vez que o desconto sindical no INSS deve ser autorizado explicitamente pelo beneficiário. Muitos aposentados relataram que estavam sendo cobrados por descontos que não haviam autorizado, o que levanta sérias questões sobre a legalidade dessas práticas.
O Sindicato Nacional dos Aposentados do Brasil, liderado por José Avelino Pereira, está sob investigação por conta de processos relacionados a esses descontos irregulares, mesmo com sua relação próxima ao ministro da Previdência, Carlos Lupi. A defesa de José Avelino Pereira refuta as alegações de irregularidades, mas a situação continua a ser monitorada pelas autoridades. O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, foi afastado do cargo por decisão judicial. Ele foi alvo de buscas no gabinete e em sua residência.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Luisa dos Santos