EUA planejam triplicar capacidade de energia nuclear

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A administração do atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, divulgou um plano para aumentar massivamente a quantidade de energia gerada por reatores nucleares nos EUA, estabelecendo uma meta de instalar 200 gigawatts de nova capacidade até 2050, o triplo do que o país tinha em 2020.

Porém, com Donald Trump retornando à Casa Branca, não há garantias de que essa visão se torne realidade. Ainda assim, revela reportagem do The Verge, a energia nuclear tem ganhado apoio bipartidário e vem atraindo grandes empresas de tecnologia.

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Energia nuclear: desafios e renascimento

Atualmente, a energia nuclear responde por cerca de 20% da eletricidade dos EUA, similar ao que o país gera com energias renováveis como eólica e solar. A nova meta da Casa Branca inclui a implantação de 35 gigawatts até 2035 e depois adicionar 15GW por ano até 2040.

No entanto, essa tarefa não será fácil, dado o envelhecimento da frota de reatores nucleares, que foram majoritariamente construídos nas décadas de 1970 e 1980. A construção de novos reatores também enfrenta desafios significativos, como custos elevados e dificuldades na escolha de locais.

Uma solução apontada pela indústria são os pequenos reatores modulares (SMRs), que são menores e supostamente mais baratos e fáceis de construir. O plano de Biden também sugere renovar licenças para estender a vida útil de reatores mais antigos e, possivelmente, reativar reatores já aposentados.

Big Tech e apoio à energia nuclear

Empresas de tecnologia têm mostrado apoio significativo ao setor nuclear. A Microsoft assinou um acordo para ajudar a reativar um reator em Three Mile Island, enquanto a Amazon Web Services adquiriu um campus de data center movido a energia nuclear na Pensilvânia.

Google também anunciou planos para comprar eletricidade de SMRs entre 2030 e 2035. Mesmo com a incerteza em relação ao futuro das políticas ambientais dos EUA, o setor nuclear parece ter se tornado uma área de consenso para muitas das grandes empresas, que enxergam no nuclear uma fonte confiável e livre de emissões de carbono.

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