Ex-policial condenado por assassinato de militante petista vai cumprir prisão domiciliar

O ex-policial penal Jorge Guaranho, que foi condenado a 20 anos de prisão pelo assassinato do militante petista Marcelo Arruda, obteve uma decisão liminar que lhe permite cumprir a pena em casa, sob monitoramento eletrônico. A autorização foi concedida pelo desembargador Gamaliel Seme Scaff, do Tribunal de Justiça do Paraná, que argumentou que a medida não representaria um risco à sociedade, considerando a saúde debilitada do réu. Os advogados de Guaranho apresentaram como justificativa para a prisão domiciliar o estado de saúde do ex-policial, que está em tratamento após ter sofrido nove tiros e agressões severas, resultando em fraturas e projéteis ainda alojados em seu corpo. Essa situação gerou controvérsia e indignação entre os opositores da decisão.

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A bancada do Partido dos Trabalhadores (PT) na Assembleia Legislativa do Paraná expressou seu descontentamento com a decisão judicial, afirmando que ela desrespeita a memória da vítima e trivializa um crime motivado por ódio ideológico. A repercussão do caso levantou questões sobre a violência política no Brasil e a impunidade em casos semelhantes. O homicídio de Marcelo Arruda, que ocorreu em 2022 durante uma festa de aniversário em Foz do Iguaçu, provocou um intenso debate em nível nacional sobre a crescente violência política no país. Guaranho, que se declarou apoiador de Jair Bolsonaro, alegou que sua presença no evento foi uma “brincadeira”, embora tenha reconhecido que sua atitude foi uma “idiotice”. Marcelo foi atingido por dois disparos e não sobreviveu aos ferimentos.

Publicado Sarah Paula

*Reportagem produzida com auxílio de IA