Exclusão digital: desafios ainda impedem expansão do acesso à conectividade no Brasil

Com o avanço da tecnologia, a internet se tornou uma das ferramentas mais importantes para a comunicação, informação e trabalho em todo o mundo. No entanto, ainda existem milhões de pessoas que não têm acesso à Internet. A exclusão digital é um problema global que limita o acesso às informações necessárias para uma vida saudável, educada e bem-informada. Felizmente, a tecnologia tem o poder de democratizar o acesso à Internet e criar oportunidades para todos.

Investir em infraestrutura de telecomunicações de última geração é uma forma eficiente de democratizar a conectividade. Com uma infraestrutura de qualidade, a população de todas as áreas, incluindo zonas rurais e remotas, pode se conectar com mais facilidade. Além disso, disponibilizar planos de Internet acessíveis é outra medida para tornar a conectividade disponível para mais pessoas.

E a pergunta que fica é: o que ainda falta para a democratização da Internet no Brasil?

O atual panorama da conectividade no Brasil

De acordo com dados do IBGE, cerca de 28,2 milhões de brasileiros acima de 10 anos de idade ainda não possuem acesso à Internet em casa, o que representa quase 1/7 da população. No entanto, a pandemia de COVID-19 acelerou a necessidade de conectividade e, consequentemente, impulsionou a ampliação do acesso à internet em todo o país.

Com o trabalho remoto e a necessidade de estudar em casa, muitos brasileiros foram impelidos a buscar formas de se conectar à rede. Portanto, o que se observou durante a pandemia foi um aumento substancial da conectividade no Brasil – contudo, os números mostram que ainda há muito o que ser feito para que a democratização da internet seja uma realidade incontestável.

Políticas públicas e investimento em infraestrutura

Ainda hoje, milhões de brasileiros sofrem com a falta de acesso à Internet de qualidade em suas residências, escolas e locais de trabalho. Essa situação cria barreiras para a inclusão digital e dificulta o acesso a informações e oportunidades.

Por isso, é fundamental que o governo invista em políticas públicas e projetos de banda larga para tornar a conectividade mais acessível e de qualidade para todos. A internet é uma ferramenta poderosa para o desenvolvimento social e econômico do país, e a democratização do acesso à tecnologia é um passo crucial para que mais brasileiros possam usufruir de seus benefícios.

A importância de um setor de telecomunicações forte e competitivo

Um setor de telecomunicações forte e competitivo é imprescindível para a expansão da conectividade no Brasil. Os ISPs possuem um papel crucial nesse contexto, ao oferecerem serviços de acesso à internet. Com o crescente aumento da demanda por internet de qualidade, os ISPs têm direcionado investimentos significativos em infraestrutura de telecomunicações moderna, ampliando o alcance de suas redes e disponibilizando serviços mais rápidos e confiáveis aos seus usuários.

A competição acirrada – com oportunidades para os pequenos e médios empreendimentos – entre as empresas de telecomunicações é um meio eficaz de reduzir os custos de acesso à Internet e, por consequência, elevar a qualidade dos serviços oferecidos. Um setor de telecomunicações robusto e competitivo é fundamental para que mais brasileiros tenham uma conexão de qualidade, bem como para fomentar a inovação e o progresso tecnológico do país.

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Por fim, é importante ressaltar que a democratização do acesso à Internet no Brasil é um desafio que envolve diversos aspectos, desde a infraestrutura de telecomunicações até as políticas públicas e investimentos em tecnologia. No entanto, com o avanço da tecnologia e a busca constante por soluções inovadoras, é possível alcançar esse objetivo e proporcionar oportunidades igualitárias de conectividade para todos os brasileiros.

A internet não é apenas uma ferramenta de lazer ou trabalho, mas sim um meio de acesso à informação, conhecimento e desenvolvimento. Portanto, é preciso continuar investindo e incentivando a expansão da conectividade no país, garantindo que todos possam usufruir dos benefícios que a tecnologia tem a oferecer.

*Pedro Augusto Bueno é diretor-executivo de gente e gestão na Comm