EXCLUSIVO: Incode aposta em parceria com OpenAI para crescer no Brasil

Viviane Freitas Sales, country general manager da Incode Brasil

Uma nova unicórnio do Vale do Silício está chegando ao Brasil. A Incode foi fundada em 2015 e tem escritórios corporativos na Cidade do México e em Belgrado (Sérvia). No Brasil, o escritório está localizado na capital paulista e é liderado por Viviane Freitas Sales, country general manager da Incode Brasil.

Em entrevista exclusiva ao IT Forum, Viviane explica que a empresa nasceu focada na parte de biometria facial e prevenção a fraude. Entretanto, ao falar da prevenção a fraude, quanto mais métodos de segurança, mais há atrito na experiência do cliente.

Pensando nisso, a Incode assinou uma parceria com a OpenAI para criar produtos que ajudassem o cliente na parte de conversão. “Temos muitos anos de Machine Learning e Data Science. Desde o ano passado, trabalhamos com a OpenAI e entramos em testes alfas e betas com eles para desenvolver juntos produtos baseados na tecnologia do ChatGPT”, diz a executiva.

O primeiro produto é o Reconnect AI, que une a tecnologia da Incode com o ChatGPT para a recuperação de usuários que desistem no meio do processo de onboarding, cadastro ou transação nos sistemas dos clientes. Com a solução, diz ela, a taxa de reengajamento chega a 70% e a taxa de conversão atinge 40%.

O segundo produto é o Sales Flow AI, tecnologia que também utiliza o ChatGPT para conversar com o usuário via WhatsApp, e-mail ou mensagem de texto e “guiá-lo” na escolha do serviço que faça mais sentido para ele, de acordo com o seu perfil.

“Esse produto é usado no início da venda. Por exemplo, se uma pessoa tem muitas opções de cartão de crédito, o ChatGPT faz perguntas para ajudar na escolha e, além de respondê-las, cria uma interface. Se a pessoa diz que quer um cartão com mais milhas, ele pergunta quais são as companhias aéreas que voe mais usa e cria uma interface com as logos das cias aéreas”, comenta Viviane.

A Incode também está trabalhando em um novo produto que substituirá todo o onboarding com um atendimento humano. Desde o momento que o cliente chega, tudo será substituído pelo ChatGPT.

Segundo ela, todos esses exemplos vão ao encontro de uma oportunidade de mercado. “Embora exista o acesso direto para as empresas com o ChatGPT, a maioria dos clientes que a gente conversa ainda não tem essa capacidade de usar e criar um produto que funcione para os usuários. A gente consegue produtizar a tecnologia.”

A história da Incode

Viviane explica que a Incode começou como uma empresa com a ideia de fazer tratamento e identificação de fotos para mandar para as pessoas. “Desde o começo precisava ter uma tecnologia de identificação facial. Mas a gente viu que o mercado para esse tipo de uso não era tão grande, mas existia um mercado grande na parte de identificação. Ao longo do tempo fomos vendo necessidades de onboarding como um todo, não só de segurança. Por isso, temos verificação de identidade, geolocalização, temos vários módulos que ajudam no dia a dia.”

A companhia já tem clientes na América Latina e na Europa e já trabalha no Brasil há mais de dois anos, mas abriu a operação local há 4 meses por entender que é um mercado interessante e com bastante espaço para esse tipo de solução enterprise.

“Hoje, 80% do mercado América Latina é do Mexico, mas a maior aposta é o Brasil. A gente está entrando exatamente por ter um potencial bastante grande. Por isso, acabamos de abrir um escritório em São Paulo”, comemora Viviane.

Segundo a executiva, a expectativa é dobrar ou triplicar a presença da Incode nacionalmente no ano que vem.

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