Falta de saneamento provoca mais de 340 mil internações em 2024

Em 2024, o Brasil enfrentou um alarmante número de internações hospitalares devido a doenças relacionadas à falta de saneamento básico. De acordo com dados do Instituto Trata Brasil, foram registradas mais de 340 mil internações, o que equivale a uma média de quase 950 internações diárias. Este cenário preocupante foi revelado em um levantamento divulgado em antecipação ao Dia Mundial da Água, celebrado em 22 de março. Apesar do número expressivo, há uma luz no fim do túnel: desde 2008, as internações vêm apresentando uma queda média de 3,6% ao ano.

As doenças mais comuns associadas à falta de saneamento básico incluem infecções transmitidas por insetos vetores, como o mosquito Aedes aegypti, responsável por doenças como dengue, zika e chikungunya. Em 2024, essas infecções totalizaram 168 mil casos. Além disso, as doenças de transmissão fecal-oral também foram significativas, com 163 mil casos registrados. Os estados do Amapá e Rondônia destacaram-se negativamente, apresentando as piores situações, com 24,6 e 22,2 internações por 10 mil habitantes, respectivamente.

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O Instituto Trata Brasil enfatiza que essas doenças afetam principalmente as populações de menor poder aquisitivo, que vivem em condições de vulnerabilidade. Crianças e idosos são os grupos mais gravemente impactados. A organização aponta que a ampliação do acesso à água tratada e ao tratamento de esgoto poderia reduzir em até 70% as internações, o que resultaria em uma economia significativa para o governo. Atualmente, o Brasil gasta cerca de 4 milhões de reais anualmente com essas internações, um valor que poderia ser redirecionado para outras áreas da saúde pública.

*Com informações de Beatriz Manfredini

*Reportagem produzida com auxílio de IA