Figueiredo chama diplomação de Lula de ‘show de horror’ e ‘ato criminoso contra a nação’

A diplomação do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), aconteceu nesta segunda-feira, 12, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O evento foi marcado por protestos contra o petista. Devido às grandes mobilizações e mobilizações de eleitores pró Jair Bolsonaro (PL) nas ruas de Brasília que aumentaram no fim de semana, o evento contou com um esquema reforçado de seguranças superando a posse de Alexandre de Mores como mandatário da Corte, em agosto deste ano. Já a quantidade de apoiadores de Lula, que aguardavam o evento no entorno do TSE, foi pequena. Logo no início da cerimônia, o ministro Benedito Gonçalves, do TSE, falou rapidamente com Alexandre de Moraes com o microfone do plenário aberto e captando a seguinte frase: “Missão dada é missão cumprida”. Em seu discurso, Lula exaltou a corte eleitoral e o Supremo Tribunal Federal. Moraes, no entanto, disse que a cerimônia com o petista simboliza o triunfo da corte contra os “atos antidemocráticos” e prometeu caçar seus participantes.

Durante o programa Os Pingos dos Is, da Jovem Pan, o comentarista Paulo Figueiredo considerou que o ato realizado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi um “show de horror” e um “ato criminoso contra a nação”, já que a ‘missão’ a qual Benedito Gonçalves se referiu – na visão do analista -, passou pela soltura de Lula e por anular as condenações por corrupção, além de uma série de abusos cometidos por Moraes. “Desde a instauração dos inquéritos inconstitucionais, decisões ao longo do processo eleitoral que serviu como justificativa para censura de deputados, da imprensa, do cidadão comum, além do controle de notícias que poderiam ser divulgadas e palavras de comentaristas. A consumação final do que é um crime contra a democracia, de abuso de autoridade em seu momento maior”, avaliou. Por fim, Figueiredo ressaltou que a escolha de quem vai governar o Brasil foi feita pelos ministros do Supremo Tribunal Federal, não pelo povo brasileiro. “O que ele chama de vitória plena da democracia contra: ataques antidemocráticos, desinformação e discursos de ódio, nenhum dos três estão configurado sem lei no Brasil. Moraes promete ainda responsabilizar integralmente os que fizeram isso. Juiz deveria responsabilizar obedecendo a lei. Que lei fala de ataques antidemocráticos, desinformação e discursos de ódio? Nenhuma. Quem define esses atos? Ninguém. Moraes define. Quando juiz atua à margem da lei, é o que? Abuso de autoridade”, pontuou.

Confira o programa desta segunda-feira, 12: