FinOps: Você não controla o que não vê!

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De olho nas reduções de custos, as organizações têm adotado o framework de FinOps para eliminar desperdícios e otimizar o uso de recursos computacionais na nuvem. Mais do que um método suportado por ações de tecnologia, Finops é uma cultura, um processo, governado pelas melhores práticas de uso de recursos da nuvem.

Dependendo do estágio, maturidade e nível de uso de recursos na nuvem, organizações já podem ter “cortado o mato alto”, obtendo reduções significativas. Mas, convenhamos, isso é o básico e obrigatório e não é necessário um framework para realizar estas ações, basta ter consciência de custo de utilização de algo que é pago por uso. Afinal, você não deixa a luz de todos os cômodos da sua casa acesa durante o dia, correto?

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Não se deve entender FinOps como apenas “cortar este mato alto”, mas sim como o processo que governa o uso da nuvem do ponto de vista econômico, que se inicia na requisição, aprovação, ativação, consumo, controle, otimização e descomissionamento de recursos computacionais. Permeia este processo dar visibilidade do uso por quem e por qual organização ou departamento, trazendo accountability pelo custo, aplicando tags ou identificadores nos componentes computacionais.

Ao decidir adotar FinOps, as empresas podem contratar uma organização que domine o assunto para iniciar o processo consultivo. Após a contratação, em uma primeira etapa, os profissionais analisam o ambiente, a fim de identificar equipamentos ou ações que podem não ser necessárias e apenas estão gerando custos para a companhia.

Algumas organizações já alcançaram resultados com FinOps ao atingirem redução de custos na ordem de 30% ou mais. Embora esses avanços sejam inegáveis, ao avaliar sobre a implementação do FinOps em áreas como análise de dados, microsserviços, rede e licenciamento, percebe-se que ainda há desafios a serem superados nesse campo.

Outro ponto extremamente importante é o benchmark. Em um mundo multicloud, onde já se discute movimentar workloads entre diferentes players de nuvem de forma transparente para o usuário, em um processo de portabilidade instantânea, isso abre espaço para buscar melhor competitividade nos contratos. Grandes bancos já estão fazendo uso de tecnologias e arquiteturas que permitem esta movimentação.

Também podemos falar em FinOps no nível de transação, onde organizações estão realizando o processo de tag ou identificação de recursos conforme a transação é executada em seus diferentes estágios.

De acordo com a consultoria IDC, 30% de todos os recursos computacionais e de gastos com nuvem são desperdiçados, mas podem ser otimizados. Dessa forma, é possível imaginar que determinada quantia poderia ser utilizada para investir em outras áreas da organização, de modo que retornos financeiros seriam gerados.

Por fim, os benefícios de se aplicar o uso contínuo da metodologia FinOps vão além da questão financeira. Além da otimização do custo-benefício, quem adota esta estratégia também consegue acelerar a inovação e a realização de valor comercial e incentivar a colaboração e a confiança entre as organizações.

Esteja você em uma fase inicial, ou avançada, na implementação de processos e procedimentos para ter visibilidade, controle e otimização do uso de recursos computacionais na nuvem, aplicando FinOps conforme diferentes níveis de maturidade irá trazer benefício contínuo.

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