Golpe do ‘Boa noite, Cinderela’ tem crescido no Rio de Janeiro

O chamado “Boa Noite, Cinderela” vem justamente da analogia de que quem dorme é Bela Adormecida, mas quem cai na gandaia é a Cinderela. Num passado não muito distante, era um crime comum de homens contra as mulheres vítimas de abusos sexuais e estupros. Mas, agora, a prática tem sido usada por elas contra rapazes e até senhores que buscam “sexo fácil”. Em poucos dias, diferentes boletins de ocorrência no Rio de Janeiro têm sido registrados. Os alvos, na maior parte dos casos, são turistas estrangeiros que conhecem as golpistas achando que vão ter encontros casuais com brasileiras, mas acabam sendo dopados.

Ontem (3), um alemão e um norueguês foram as vítimas mais recentes do golpe. Os turistas hospedados em Ipanema, na Zona Sul do Rio, foram até uma festa e conheceram a dupla. Saíram da balada e levaram as mulheres para o apartamento onde estavam hospedados. As imagens das câmeras de monitoramento registraram até um deles de mãos dadas com um dos gringos. Após três horas, as brasileiras saíram do prédio com dois notebooks, relógios, celulares, além de dólares e reais.

O porteiro do local percebeu que as mulheres entraram somente com copos de bebidas e saíram cheias de coisas. Imediatamente, o profissional chamou o síndico do lugar. Após diversas tentativas de comunicação, sem sucesso, somente depois de arrombar a porta, foi possível encontrá-los desacordados. Ambos foram levados para o hospital e passam bem. Mas acabaram sendo vítimas do golpe que, pela percepção do porteiro, já demonstra que não é a primeira vez que vê um crime desse gênero acontecendo na Cidade Maravilhosa.

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Em setembro, policiais civis da 12ª DP de Copacabana prenderam Larissa Medeiros da Silva, de 24 anos, por roubo qualificado, justamente por chefiar uma quadrilha especializada no crime, após dopagens de vítimas. Com a ajuda de comparsas, a jovem teria aplicado o “Boa Noite, Cinderela” em vários turistas estrangeiros. Os últimos foram da Arábia Saudita. A coluna não localizou a defesa da suspeita. O espaço segue aberto para qualquer manifestação.