Acordo judicial: Google vai apagar bilhões de registros de navegação do Chrome

Em meio a uma série de processos judiciais e investigações antitruste, o Google enfrenta acusações de rastrear a atividade on-line dos usuários, mesmo quando estão no modo anônimo do navegador Chrome.
Em um acordo firmado nesta segunda-feira, a empresa concordou em apagar bilhões de registros de dados compilados sobre milhões de usuários do Chrome, em uma tentativa de resolver uma ação judicial que alegava ter enganado os usuários sobre a privacidade de suas informações.
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Segundo a petição judicial, como parte do acordo, a empresa comprometeu-se a fazer alterações significativas em seu modo anônimo. Em primeiro lugar, a empresa concordou em atualizar suas divulgações para informar claramente aos usuários que dados de navegação privada ainda são coletados. Essa atualização já está disponível na página inicial ao abrir o modo anônimo.
Além disso, o Google concordou em manter uma importante alteração no modo Incógnito pelos próximos cinco anos, bloqueando por padrão os cookies de terceiros. Essa medida ajuda a limitar o rastreamento dos usuários por sites enquanto navegam na web, proporcionando mais transparência e proteção de privacidade aos usuários do navegador Chrome.
“Essa exigência garante privacidade adicional para os usuários do Incógnito no futuro, ao mesmo tempo em que limita a quantidade de dados que o Google coleta deles”, disseram os advogados dos autores da petição.
O Google também concordou em interromper o uso de tecnologia que rastreia quando os usuários ativam a navegação privada, visando evitar o rastreamento das escolhas das pessoas de usar o modo Incógnito.
Desde dezembro, o Google gastou mais de US$ 1 bilhão para resolver uma série de processos judiciais, indicando uma estratégia agressiva para evitar grandes confrontos legais. Embora neste caso não haja pagamento aos autores como parte do acordo, as pessoas têm a opção de processar a empresa por danos.
Por outro lado, a empresa afirmou que o processo era sem mérito e destacou que os autores não receberão os US$ 5 bilhões que inicialmente buscavam.
*Com informações do The New York Times
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