Governo ‘não está preocupado’ com impacto da reoneração do diesel no agronegócio, diz deputado

O governo está estudando a possibilidade de antecipar a reoneração do diesel para conseguir baixar o preço do carro popular. A queda no preço dos automóveis foi anunciada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Entretanto, a fonte do dinheiro para arcar com as medidas ainda não havia sido divulgada. Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, o deputado federal Giovani Cherini (PL-RS) analisou a possibilidade, dizendo que o governo federal não se importa com o impacto da medida no agronegócio, que, segundo ele, é a “única coisa que está dando certo no país”. “Você pode ver que o presidente Bolsonaro, em 2022, fez esforço sobrenatural para baixar os preços dos combustíveis. Ele fez tudo que ele pode para fazer isso. […] Em 2023, o governo do PT também fez isso e, hoje, anuncia essa questão de desonerar o óleo diesel, com o propósito de fazer com que os carros populares baixem de preço. Mas eles não estão preocupados que isso vai atingir o agronegócio, que é a única coisa que está dando certo no país. Eles pensam que é só o agronegócio será atingido, mas não. Serão atingidos todos os agricultores do Brasil, porque até os pequenos agricultores tem um caminhãozinho. Todos serão atingidos. Aqueles especialmente, caminhoneiros e agricultores, em que, em grande maioria, acabaram apoiando Bolsonaro. A gente sente um cheiro de vingança”, disse Cherini.

Em seguida, o parlamentar comentou sobre a sua visão sobre a situação política, dizendo acreditar que, para melhorar a economia do Brasil, é necessário baixar impostos. Cherini também destacou os feitos do governo de Jair Bolsonaro na área econômica. “Para estimular a economia, os impostos precisam baixar. Essa é nossa visão. Na verdade, é uma visão de que, para baixar a inflação e os juros, que eles tanto criticam, nós precisamos não produzir a inflação. Quando Bolsonaro saiu do governo, nossa inflação era menor do que os Estados Unidos e o crescimento era maior do que o da China. O Brasil está afundando justamente por essa visão equivocada de aumento de impostos”, afirmou o deputado.