GPTW: com cultura na ponta dos dedos, Cask é eleita a melhor de TI entre as pequenas

Cada novo colaborador que se une ao time da Cask Brasil é recebido com um kit de boas-vindas que inclui um mousepad. O presente pode parecer simples, mas é simbólico: na sua superfícies estão listados todos os valores da operação brasileira na empresa, incluindo temas como “Consciência & Empatia” e “Ética & Humildade“. “Esse é um grande referencial de tudo que acreditamos”, conta Rubens Dalle Lucca, managing director da Cask para o Brasil e SOLA, em conversa com o IT Forum.
Nesta segunda-feira (25), a empresa foi a primeira colocada do ranking Great Place to Work (GPTW) do setor de TI, que tem o IT Forum como parceiro oficial, na categoria pequenas empresas. O reconhecimento chega pouco tempo após a companhia desembarcar no Brasil e na América Latina: a história da Cask por aqui começou em maio de 2023, fruto de uma estratégia de expansão vista pela matriz norte-americana para os mercado locais.
Rubens, que integra o time da parceira de “pure-play” da ServiceNow desde outubro de 2022, pontua que a abordagem de boutique da companhia está diretamente ligada ao ambiente positivo que a empresa busca fornecer aos colaboradores. “Nós temos dois grandes direcionadores aqui. O segundo é qualidade, já que somos reconhecidos por nossa entrega. Mas esse é só o número dois. O foco principal é em pessoas. Nós não chegamos à qualidade se não tivermos as pessoas”, explica.
Colocar a cultura da Cask em um tapetinho de mouse, na ponta dos dedos de todos do time, é claro, não é a única ação que levou ao reconhecimento da GPTW TI. Segundo o diretor da companhia, a manutenção da cultura vem desde o onboarding de cada novo colaborador.
“Eu participo de cada um deles”, diz. “É um momento longo em que conheço cada um. É importante também que todos saibam nossa história, de onde viemos, para onde vamos. O cuidado começa aí. A prática é considerada fundamental pelo diretor, e continua apesar do ritmo intenso de crescimento que a Cask vê na região: nos últimos quatro meses, a companhia dobrou de tamanho, e hoje soma mais de 130 “coopers”.
Como a Cask desenvolve seus “Coopers”
“Coopers” é o apelido dado aos colaboradores da Cask. O nome é a palavra, em inglês, para o profissional especialista na criação de barris, símbolo da companhia. Por que o barril? “O barril é uma das grandes revoluções tecnológicas da humanidade. Ele transformou o armazenamento, a logística e o transporte. O ‘cooper’ é um ‘engenheiro-artesão’, ele cria o barril com o esmero de um artesão, mas com a qualificação de um engenheiro”.
Essa ideia do “engenheiro-artesão” se conecta com outro ideal da Cask, que é o do desenvolvimento dos funcionários. Há quatro meses, uma série de workshops foi desenvolvida para garantir a persistência da cultura, apesar do crescimento, e para apoiar na evolução profissional dos “coopers”. Neles, temas como cultura, valores e liderança são discutidos em grupos de 10 a 12 pessoas. Um dos desafios abordados, por exemplo, é a tolerância ao erro, que é parte do cotidiano do setor de tecnologia. “O diferencial não está em não errar, porque todos nós erramos. O diferencial é como reagimos ao erro”, pontua.
Além dos workshops, a operação regional da empresa também promove o chamado “Cask Cooper Development Program (CCDP)”, criado pelo CEO global da companhia. A iniciativa tem o objetivo de formar talentos para a organização e capacitar trabalhadores – independentemente da idade do profissional.
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“Quando falo em novos talentos, não quero dizer só quem acabou de sair da faculdade. Eu tenho pessoas que estão começando agora, mas pessoas também em transição de carreira, com 40 ou 50 anos. Eu estou trazendo pessoas para o ecossistema”, explica. “O programa nos ajuda a trazer pessoas com quem vamos minimizar a perda da cultura.”
Além dos treinamentos, um café da manhã mensal é promovido pela companhia para garantir a coesão do time. O encontro reúne o diretor geral com todos os colaboradores e líderes da organização, garantindo o fluxo de ideias e agindo como espaço para discussão de expectativas e dores da equipe.
Para Lucca, o reconhecimento da GPTW não é apenas o reconhecimento do trabalho positivo da Cask, mas a realização de um sonho pessoal. O executivo lembra como, há mais de dez anos, quando atuava na Oracle, acompanhou os resultados de outra premiação da GPTW e assistiu uma empresa de pequeno porte ser escolhida como a melhor do país. Naquele momento, pensou como adoraria liderar uma empresa pequena que fosse “reconhecida por ser a melhor”.
Hoje, ele celebra, ele sente que o sonho foi realizado. “Lembro que quando era moço, a segunda-feira era horrível. Quando ouvia a música do Fantástico, já pensava que teria que trabalhar no dia seguinte. Eu queria trabalhar em uma empresa que, quando chegasse domingo à noite, me deixasse animado”, brinca. “Essa é a empresa em que vivo hoje”.
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