HP detalha evidências de uso de IA generativa por cibercriminosos

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Um relatório divulgado pela HP Inc., o Threat Insights, demonstra como cibercriminosos estão usando inteligência artificial generativa para escrever códigos maliciosos. Uma das ameaças descobertas tinha em sua estrutura comentários sobre linhas do código, além de nomes e variáveis de funções que indicam que o agente da ameaça usou IA generativa.

Segundo o documento, a descoberta é importante porque até então havia poucas evidências de agentes de ameaças usando ferramentas de IA generativa para escrever códigos. “São muitas as especulações sobre a IA sendo usada por hackers, mas as evidências têm sido escassas, por isso essa descoberta é importante”, diz em comunicado Patrick Schläpfer, diretor de pesquisa de ameaças do HP Security Lab.

O time de pesquisa de ameaças da HP descobriu uma “grande e refinada” campanha do ChromeLoader disseminada usando anúncios maliciosos que direcionavam os usuários para ferramentas falsas de PDF com aparência profissional. Também identificou criminosos que estão embedando códigos maliciosos em imagens SVG.

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A campanha mirava falantes de francês usando códigos em VBScript e JavaScript que teriam sido escritos com ajuda de IA generativa. A estrutura dos scripts, os comentários que explicavam cada linha dos códigos e a escolha de nomes e variáveis das funções em língua nativa são fortes indicativos de que o agente da ameaça usou IA generativa para criar o malware.

Segundo a HP, as campanhas de ChromeLoader estão se tornando maiores e mais refinadas, usando publicidade maliciosa com palavras popularmente pesquisadas para direcionar as vítimas a sites bem desenhados e que oferecem ferramentas funcionais, como leitores e conversores de PDF. Esses aplicativos escondem códigos maliciosos em um arquivo MSI, enquanto certificados válidos de assinatura de código driblam as políticas de segurança e alertas do Windows, aumentando a chance de infecção.

Outras descobertas

O relatório da HP analisa dados do segundo trimestre do ano-calendário de 2024, e detalha como criminosos cibernéticos continuam diversificando métodos de ataque para driblar normas de segurança e ferramentas de detecção. Pelo menos 12% das ameaças via e-mail identificadas pela ferramenta HP Sure Click escaparam de um ou mais escaneamento no gateway do e-mail, mesma taxa do trimestre anterior.

Os principais vetores de ameaças foram anexos de e-mail (61%), downloads a partir de navegadores (18%) e outros vetores de infecção, tais como armazenamento removível – como pendrives e compartilhamentos de arquivos (21%). Os arquivos foram o tipo de entrega de malware mais popular (39%), 26% dos quais foram arquivos ZIP.

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