Hydronorth democratiza acesso a dados com Qlik e mira incorporar IA

Há menos de um ano, a fabricante de tintas e resinas Hydronorth vem transformou sua gestão operacional com o uso de Qlik Talend e também se prepara para, a partir da integração dos dados, incluir soluções da Qlik baseadas em inteligência artificial. Desde a adoção da plataforma, a Hydronorth conseguiu centralizar suas informações, automatizando processos e integrando áreas antes desconectadas. Com isso, melhorou a sua eficiência.
“A gente tinha uma necessidade muito grande de mudar. Eram vários sistemas interconectados em várias bases diferentes e tudo funcionava através de scripts, o que fazia com que a gente tivesse muita manutenção e um tempo de reação muito lento em relação ao resto do mercado. Isso tirava um pouco da nossa competitividade”, explicou ao IT Fórum Thiago Santi, gerente de TI da Hydronorth, durante o Qlik Connect 2025, evento que ocorre em Orlando, nos EUA, nesta semana.
A dificuldade em obter informações precisas impactava diretamente a tomada de decisões estratégicas e o tempo de resposta às demandas do mercado, pois não era possível ter uma visão geral da organização. Com a adoção de Qlik Talend, a organização consolidou suas bases de dados em um data lake unificado, criando uma estrutura centralizada para o armazenamento e a análise das informações.
“A gente queria fazer de um jeito diferente. E o mais importante: a gente queria democratizar tudo isso, de tal modo que qualquer pessoa dentro da empresa pudesse gerar os seus insights. E foi baseado nisso que a gente começou o projeto”, disse Santi. Com Qlik Talend, a Hydronorth acertou seu fluxo do dado e passou a ter tudo documentado.
O executivo calcula que foram investidos cerca de R$ 250 mil iniciais, além de aportes com consultorias. “Foi um valor assim altamente competitivo para toda entrega que estamos tendo.”
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O projeto começou pelas áreas de vendas, compras e financeiro, recentemente incluiu o departamento de recursos humanos e planeja terminar o ano com todas as unidades de negócios tendo acesso a dashboards interativos e relatórios automatizados. Eles são acessados diretamente pelos usuários com análises para apoiar o acompanhamento diário do progresso das metas de faturamento, produção, pagamento e outros indicadores-chave de desempenho (KPIs, na sigla em inglês). Essa integração, de acordo com Santi, permitiu à empresa ter mais agilidade e precisão na interpretação de métricas essenciais para o crescimento sustentável dos negócios.
Isso porque a integração e análise dos dados de forma automatizada elimina etapas manuais que antes consumiam recursos valiosos da equipe, permitindo que ela foque em atividades mais estratégicas. Em alguns casos, o tempo de processamento das informações foi reduzido de 40 minutos para apenas 40 segundos.
“Hoje, eu tenho a facilidade de recarregar uma estrutura toda de dados em questão de segundos. Isso era praticamente impossível. Eu consigo disponibilizar dados com uma entrega de cinco minutos, que é quase on time”, explicou.
Santi adianta que o fato de estar fazendo tudo democratizado tem possibilitado a companhia embarcar numa nova iniciativa de inteligência artificial com Qlik. Com o uso das funcionalidades nativas de IA da plataforma, é possível, por exemplo, avaliar o impacto do tamanho das embalagens no lead time dos produtos, facilitando implementar ajustes estratégicos na produção.
Santi conta que começou com um projeto de inteligência artificial no início do mês retrasado, desenvolvendo automação para poder fazer a validação dos custos de frete e conseguir otimizá-los, de modo a aumentar a competitividade da companhia. As iniciativas de IA decorrem do projeto de democratizar os dados e das mudanças promovidas pela implementação da plataforma da Qlik, explicou o executivo.
“O fato da gente ter feito tudo de forma democratizada e já ter pensado em todos esses dados estruturados de maneira adequada fez com que a gente pudesse pavimentar estrada para conseguir chegar e colher os resultados — e estamos colhendo agora com inteligência artificial”, assinalou.
Outras iniciativas incluem a análise de estoque. “Hoje, a gente tem um estoque de mais de 9 mil posições, que são espaços de armazenagem e cada espaço armazena em torno de dois pallets. A gente tem 9.000 posições e elas armazenam em torno de 1.400 SKUs. Manter esse estoque saudável, atualizado e, principalmente, competitivo é muito importante para o nosso negócio”, apontou.
Ao monitorar de forma detalhada o estoque, a empresa garante maior controle de inventário e previne perdas por vencimento de produtos ou erros logísticos. Com a ferramenta, a Hydronorth tem reduzido cada vez mais a quantidade de estoque, o que aumenta a competitividade no mercado.
“A gente tem conseguido entregar informações de uma maneira muito rápida; são informações muito concisas, coesas, fidedignas. A gente tem criado projetos que estão perdurando, então, assim, raramente a gente tem que voltar e fazer alguma correção, tudo tem sido desenvolvido e muito bem pensado antes da gente começar a ‘codar’, antes da gente começar a desenvolver”, resumiu.
*A jornalista viajou a Orlando a convite da Qlik
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