Adoção de IA pode adicionar 13 pontos percentuais ao PIB do Brasil até 2035

Duas mãos robóticas, uma à esquerda e outra à direita, se aproximam de um globo terrestre digital flutuante no centro da imagem, tocando-o levemente com os dedos indicadores, criando um brilho de luz nos pontos de contato. O globo mostra principalmente os continentes da África, América do Sul e Europa, com cores vibrantes e efeitos de luz, como uma representação digital ou holográfica. O fundo é escuro com tons de azul e luzes difusas, transmitindo um ambiente futurista e tecnológico com conexões em rede ao estilo de inteligência artificial ou comunicação global.

Um estudo publicado recentemente pela PwC indica que a inteligência artificial (IA) poderá adicionar até 13 pontos percentuais ao PIB do Brasil ao longo da próxima década. Globalmente, esse incremento pode chegar a 15 pontos – algo comparável com o processo de industrialização do século 19.

O estudo conclui que uma rápida reconfiguração da economia já está em andamento. Segundo a análise, a pressão para que as empresas se reinventem está em seu nível mais elevado dos últimos 25 anos, em 17 de 22 setores econômicos globais. O estudo identificou US$ 7,1 trilhões em receitas que podem ser transferidas entre empresas apenas em 2025, antes mesmo dos impactos do recente aumento global de tarifas. No Brasil, o valor neste ano é de US$ 130 bilhões.

No entanto, a companhia ressalta que o relatório, Value in Motion, não mostra um cenário garantido e sim uma probabilidade a depender de um sucesso técnico das organizações de realizar uma implementação responsável, uma governança clara e a capacidade de conquistar a confiança da sociedade e das organizações são elementos essenciais.

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De acordo com o relatório, sem uma implementação responsável da IA e sem a confiança do mercado e sociedade em sua adoção, o potencial de crescimento extra se reduziria a apenas 1 ponto percentual; um cenário intermediário situaria esta projeção em 8 pontos percentuais, onde uma menor confiança com colaboração reduzida estaria presente. No Brasil, esses impactos seriam de 0,6% e 6,5%, respectivamente.

Na próxima década, as diversas indústrias vão se reconfigurar para atender às necessidades da humanidade, levando à formação do que a PwC chama de “domínios” que expressam o novo desenho das fronteiras setoriais – como por exemplo, o avanço dos veículos elétricos está trazendo fornecedores de energia elétrica.

“À medida que a estrutura da economia se transforma, o valor virá cada vez mais de organizações que conseguirem conectar os pontos através das fronteiras dos setores tradicionais. Ao se concentrar na constante evolução das necessidades dos clientes e na adoção da tecnologia para transformar dramaticamente o modo como suas empresas operam, os líderes empresariais poderão estabelecer um novo patamar para o crescimento de seus negócios”, diz o CEO da PwC Brasil, Marco Castro.

Impacto climático

Em sua análise, a PwC mostra que, enquanto a IA está posicionada para acelerar o crescimento, os custos dos riscos climáticos físicos vão impor restrições econômicas. Os riscos climáticos físicos podem reduzir o tamanho da economia global em 7% até 2035. É esperado que a adoção da IA ampliará o consumo de energia por data centers de maneira relevante.

No entanto, um uso modesto de IA para promover eficiência energética poderia compensar esse aumento. A PwC estima que o uso de energia e o impacto das emissões resultantes da IA seriam neutros se cada ponto percentual adicional de uso de IA levasse a inovações que reduzissem a intensidade energética em apenas 0,1%.

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