IA responsável: os bastidores éticos da tecnologia no Itaú

IA responsável

Grandes tecnologias, grandes responsabilidades. No Itaú, essa máxima sustenta a forma como o banco projeta, desenvolve e escala soluções baseadas em inteligência artificial (IA). Ao revelar os bastidores da sua jornada de IA responsável durante a Semana de Tecnologia 2025, o Itaú deixou claro que inovação e ética não apenas coexistem, mas caminham lado a lado e podem garantir vantagens do ponto de vista de negócios.

Cadu Mazzei, diretor de tecnologia do Itaú, e Barbara Correia, coordenadora de Responsible AI do Itaú, compartilharam os princípios que norteiam a atuação do banco no campo da IA: simplificação de acesso, proteção à privacidade, diversidade e centralidade no ser humano.

Quando se fala em IA responsável, o que está em jogo vai muito além da conformidade com leis. O Itaú enxerga a responsabilidade com a tecnologia como um valor estratégico e, acima de tudo, humano. “Quem tem fome tem pressa”, brinca Mazzei, citando a urgência em usar a tecnologia para ampliar acessos e eliminar barreiras. “É por isso que nossa IA precisa ser inclusiva, explicável, segura e ética.”

Barbara reforça essa visão ao explicar o ecossistema que sustenta essa jornada: políticas internas, comitês de ética, práticas de governança e uma preocupação constante com o impacto real dos algoritmos. “Trabalhar com IA é também assumir um compromisso com a sociedade”, pontua.

Na esteira do tema, a executiva contou sobre a criação do Red Studios, programa que funciona para apoiar a Estratégia de IA Responsável. No projeto, existem dois diferentes grupos de testes e aplicações que se chamam Blue Team e Red Team. Isso tudo para concentrar uma poderosa avaliação dos sistemas de IA considerando que precisa existir uma compreensão da existência de uma ampla variedade de domínios, assim como “diversas perspectivas e experiências vividas”.

IA responsável na prática

Ao longo da apresentação, os executivos reforçaram que são três os pilares da atuação de IA responsável: privacidade como direito, que tem a proteção de dados como fundamento inegociável; diversidade como premissa, um esforço ativo para evitar vieses e garantir equidade nos algoritmos; e IA centrada no ser humano, com a tecnologia como a que facilita, nunca que exclui.

A abordagem de IA responsável também se conecta com outras frentes do banco, como a Stackspot AI, plataforma multiagente criada para apoiar desenvolvedores na construção de soluções baseadas em IA.

Com foco em orquestração de agentes, reuso e governança, a ferramenta foi desenhada com responsabilidade desde o início, tornando-se uma peça-chave na estratégia do banco para escalar tecnologia sem renunciar ao cuidado ético.