Do desperdício à eficiência: o impacto do uso da tecnologia em prol da sociedade

“A tecnologia move o mundo e define o futuro”. A famosa frase de Steve Jobs, criador da Apple, não poderia fazer mais sentido atualmente, momento em que a tecnologia não para de avançar de forma que nos vemos utilizando ferramentas digitais a todo momento. Sabemos que existem discussões sobre os efeitos adversos do uso excessivo da tecnologia, no entanto, é impossível negar que sua influência tem sido positiva na maioria dos setores.
Desde otimizações industriais até plataformas que democratizam o acesso a recursos, a tecnologia se tornou uma aliada para alcançarmos a sustentabilidade e o bem estar social, buscando qualidade de vida para a população em todo o mundo.
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Sabemos que os desafios globais não são poucos. A insegurança alimentar, por exemplo, atinge 27,6% dos lares no Brasil, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Nem sempre a causa do problema é a falta de recursos, mas, sim, pela má administração da produção.
Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), cerca de um terço dos alimentos produzidos no mundo é desperdiçado anualmente, enquanto milhões de pessoas enfrentam a fome. E, quando abordamos este tema no Brasil, com toda sua riqueza de produção de alimentos, parece que o problema se torna ainda mais alarmante.
Nesse cenário, podemos citar algumas plataformas tecnológicas que podem ser utilizadas como soluções para minimizar esse paradoxo e otimizar a gestão de alimentos, como a inteligência artificial, o machine learning e o blockchain. Um exemplo prático é o Too Good To Go, um aplicativo que ajuda estabelecimentos comerciais a venderem alimentos que estão perto da data de validade por preços reduzidos, evitando o desperdício e oferecendo refeições a um custo acessível para os consumidores. Outro aplicativo nesse sentido é o Food to Save, que permite a compra de alimentos que não foram vendidos no final do dia nos estabelecimentos, evitando que fiquem velhos e sejam jogados fora.
Ao tratarmos de produção em larga escala, podemos citar as tecnologias voltadas para a lavoura, que também ajudam no desperdício, principalmente com drones e sensores, que monitoram a produção, evitando pragas e, consequentemente, a perda de insumos e safras.
Já o blockchain é um aliado para a rastreabilidade de alimentos, garantindo que o consumidor saiba o que está consumindo, eliminando riscos da ingestão de alimentos perdidos ou com alta concentração de agrotóxicos, o que permite melhor nutrição. Ou seja, a tecnologia abre muitas portas e, por isso, ainda existe muita discussão sobre como ela pode ajudar na insegurança alimentar e na sustentabilidade.
Nesse âmbito, surge o B20, evento que ocorrerá no Brasil em 2024, trazendo uma oportunidade para a discussão das principais questões relacionadas ao desenvolvimento sustentável e o uso da inovação tecnológica para a inclusão social e como solução de problemas mundiais, como a fome e a insegurança alimentar.
Ainda não existe, e tampouco existirá, uma resolução simples para tais desafios globais, mas precisamos usar as ferramentas que temos em mãos para pesquisar e contribuir com a criação de aplicações e serviços que amenizam problemas e gerem inclusão social. Citando novamente Steve Jobs, vamos usar a tecnologia para criar um movimento em prol da sociedade, da sustentabilidade e do bem estar-social para construirmos, assim, um futuro mais sustentável e igualitário.
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