Inflação leva CFOs americanos a investirem em automação e IA

Quase dois terços dos diretores financeiros (CFOs) dizem que suas empresas têm como prioridade estratégica automatizar tarefas tipicamente realizadas por funcionários. Entre as empresas que tem planos nesse sentido para os próximos 12 meses, a maioria espera implementar inteligência artificial (IA) em uma ampla gama de tarefas.
Os dados fazem parte da edição mais recente da pesquisa com CFOs realizada pela Escola de Negócios da Universidade de Duke (EUA), a Fuqua School of Business, em colaboração com o Banco Central americano (FED). Foram ouvidos 450 executivos americanos até 3 de junho desse ano.
A pesquisa indicou que as perspectivas econômicas dos entrevistados se mantiveram moderadas no trimestre, embora a maioria dos CFOs consultados espere aceleração nos preços de seus produtos acima do normal.
No último ano, quase 60% das empresas (84% entre grandes companhias) implementaram software, equipamentos ou tecnologia para automatizar tarefas antes realizadas por funcionários. As organizações indicam que usam automação para aumentar a qualidade do produto (58% das empresas), aumentar a produção (49%), reduzir os custos trabalhistas (47%) e substituir trabalhadores (33%).
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Entre o grupo de empresas que automatizaram, 37% (55% das grandes) afirmaram já ter implementado IA.
“Os CFOs dizem que suas empresas estão utilizando IA para automatizar uma série de tarefas, desde o pagamento de fornecedores, faturamento, compras, relatórios financeiros e otimização da utilização das instalações”, diz John Graham, professor de finanças da Duke e diretor acadêmico da pesquisa.
IA em crescimento
Espera-se que o uso de IA cresça no próximo ano. Entre os 60% das empresas que pensam automatizar nos próximos 12 meses, 54% (76% das grandes empresas) planejam usar IA para completar tarefas anteriormente realizadas por funcionários.
Entre suas preocupações para o próximo ano, os diretores financeiros norte-americanos indicam que a política monetária (taxas de juros), a inflação e os desafios para encontrar e reter mão de obra qualificada permanecem como preocupações. Além disso, 57% das empresas responderam estar apreensivas com o agravamento da inflação.
O nível otimismo dos diretores financeiros permanece moderado, quase idêntico ao do trimestre anterior, embora pequenas empresas sejam menos positivas do que as grandes. As expectativas para o PIB real caíram ligeiramente para um crescimento de 1,8% nos próximos 12 meses, abaixo dos 2,2% do trimestre anterior.
Em uma pergunta especial, quase um terço dos diretores financeiros indicaram que, devido à incerteza sobre a próxima eleição, suas empresas estão adiando, reduzindo, atrasando ou cancelando permanentemente investimentos.
A pesquisa com CFOs da Fuqua School of Business pode ser lida nesse link.
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