Infraestrutura é a base para a IA, atesta executivo da Nutanix

A inteligência artificial (IA) já está mudando o futuro das empresas, mas sua adoção depende de uma base sólida de infraestrutura. Essa foi a principal mensagem de Leandro Lopes, diretor de engenharia da Nutanix, durante conversa com a imprensa realizada nesta terça-feira (20).
“Iniciamos como uma empresa de hiperconvergência, mas hoje atuamos de fim a fim para que os clientes enxerguem tendências indo além das cargas de trabalho”, afirma Lopes. Segundo ele, o grande diferencial da Nutanix é fornecer uma plataforma capaz de integrar serviços de dados e aplicações, permitindo que as empresas incorporem novas tecnologias de forma transparente.
Citando dados da Pesquisa Enterprise Cloud Index – ECI (Índice de Nuvem Empresarial), que foi realizada com 1,5 mil executivos em todo o mundo e cem no Brasil, lançada durante a conversa, Lopes afirmou que a IA já se consolidou como um dos principais impulsionadores de projetos de TI, aumentando produtividade e acelerando inovações.
O estudo aponta que 75% dos líderes de TI consideram a IA uma prioridade estratégica. No entanto, a implementação ainda encontra barreiras. O Enterprise Cloud Index (ECI) Brasil 2025 revelou ainda que, apesar do forte interesse na IA Generativa (GenAI), desafios estruturais e financeiros ainda atrasam a adoção. Entre os respondentes, 100% das empresas possuem estratégias para GenAI, mas 42% afirmam que ainda não iniciaram a implementação, evidenciando a necessidade de investimentos robustos em infraestrutura, capacitação e segurança.
Entre os principais desafios, 55% dos entrevistados apontam que a principal preocupação está na privacidade e segurança dos dados ao utilizar modelos de linguagem (LLMs) com informações confidenciais das empresas. Além disso, 31% mencionam a complexidade e a falta de experiência como barreiras para construir ambientes de GenAI do zero e 94% concordam que a GenAI está mudando as prioridades de suas organizações, colocando segurança e privacidade como questões primordiais..
Infraestrutura é o alicerce da IA
Além da escassez de talentos, outro desafio é a infraestrutura necessária para suportar o avanço da IA. Lopes enfatizou que os investimentos em infraestrutura são fundamentais para viabilizar projetos de IA generativa e aprendizado de máquina.
“A área de infraestrutura tem assumido papel importante para IA. Os executivos precisam de uma infraestrutura robusta para rodar a IA. A base é ter a infra”, ponta. Segundo os dados apresentados, 70% das empresas ainda operam em ambientes legados, o que pode dificultar a implementação de soluções modernas baseadas em IA.
Outro ponto crítico é a necessidade de integração. “Precisamos evitar que a IA seja um silo nas empresas. Ela precisa estar conectada ao ambiente atual”, alerta o executivo.
Um tema destacado no estudo foi sobre o papel do gestor de TI na jornada para GenAI, que tem se tornado cada vez mais estratégico no Brasil. Dos entrevistados no Brasil, 59% afirmam ser “forçados” a assumir papéis relacionados à IA, um percentual significativamente maior do que a média global (37%) e da região das Américas (44%).
IA generativa e os containers
A evolução da IA também tem impacto direto na forma como as aplicações são desenvolvidas. Lopes ressalta que grande parte das aplicações de IA generativa já nasce em modelo de container, o que exige uma infraestrutura flexível e integrada para suportá-las.
Dados da pesquisa mostram ainda que 65% das novas aplicações corporativas já estão sendo desenvolvidas em containers, um modelo que permite maior escalabilidade e eficiência operacional. Para empresas que ainda operam em ambientes tradicionais, a migração para esse formato pode representar um desafio, mas também uma grande oportunidade para modernização, finaliza ele.
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