Iniciativa nacional busca desenvolver soluções 5G para a indústria

A Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial) anunciou hoje 31, uma iniciativa de pesquisa com várias instituições e empresas para o desenvolvimento de inovações 5G aplicadas à indústria. As pesquisas vão até janeiro de 2026, e devem utilizar R$ 9 milhões em recursos.

Participam do programa CPQD (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações), Unidade Embrapii para comunicações avançadas; Polo de Inovação do IFPB (Instituto Federal da Paraíba), Unidade Embrapii credenciada na área de sistemas para manufaturas; Inatel (Instituto Nacional de Telecomunicações), Unidade Embrapii de Comunicações Digitais; Cisco; Prysmian; MPT Condutores; Taggen; e Data Machina.

Chamado Conectividade 5G e EDGE Computing para Transformação Digital na Indústria 4.0 (EDGE5G), o projeto será desenvolvido no modelo Basic Funding Alliance (BFA), uma das ferramentas da Embrapii de fomento à pesquisa experimental. O contrato foi firmado no último dia 18 de janeiro e os trabalhos serão desenvolvidos até janeiro de 2026. Do investimento previsto de R$ 9 milhões da Embrapii, R$ 900 mil são aportados pelos parceiros.

Áreas

A pesquisa vai criar aplicações suportadas pelo 5G, que serão testadas em uma rede privativa real, como um testbed de demonstração de Indústria 4.0. Os resultados do projeto abrangem desenvolvimentos em Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês), inteligência artificial (IA), computação de borda, realidade aumentada e segurança de dados destinados a trazer ganhos de produtividade para a indústria, em diversas aplicações.

Entre as quais, rastreamento em tempo real de um produto ou robô logístico com precisão de centímetros dentro de um galpão, até a criação de alertas ou políticas de bloqueio de terminais IoT, de modo a evitar a possibilidade de comprometimento de uma planta industrial por ataques cibernéticos.

“O 5G traz uma série de oportunidades para a indústria, mas ainda carece de respostas em relação à sua aplicabilidade. O desafio é ter, em um futuro próximo, uma plataforma nacional IoT industrial habilitada pelo 5G”, afirma Gustavo Correa, coordenador do projeto e gerente de Soluções de Conectividade pelo CPQD, Unidade Embrapii.

A expectativa é que as futuras descobertas possam ser aplicadas em diversas áreas que envolvem produção intensiva com equipamentos automatizados, como as indústrias da aviação, cosméticos e agropecuária.

“Essa pesquisa é mais do que o 5G, pois adotará uma rede baseada no paradigma Open RAN, uma tecnologia muito nova”, acrescenta Rodrigo Uchoa, diretor para Digitalização e Inovação da Cisco Brasil.

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