Insistência no modelo presencial compromete competição por talentos, diz especialista

Andre Purri, Alymente, presencial

Empresas que exigem retorno integral ao trabalho em escritórios têm tido dificuldade para fazer recrutamento. Dados recentes do Great Place to Work (GPTW) indicam que 70% das companhias que adotam o modelo presencial enfrentam obstáculos na contratação. Pouco mais da metade das que operam em regime híbrido e menos de 40% das que atuam remotamente relatam o mesmo desafio.

“Hoje, o profissional não busca apenas remuneração, mas também qualidade de vida e autonomia. A insistência no modelo presencial pode comprometer a competitividade das empresas na disputa por talentos”, diz em comunicado Andre Purri, CEO da Alymente. Segundo ele, as expectativas dos profissionais em relação ao ambiente de trabalho não são mais as mesmas desde a pandemia, que consolidou o desejo por flexibilidade.

Assim, a rigidez do modelo tradicional tem se tornado um fator de rejeição.

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Para contornar o desafio, segundo o especialista, muitas empresas têm apostado em benefícios corporativos como forma de compensação da obrigatoriedade de presença física. Houve crescimento de 246% no número de usuários da TotalPass, por exemplo. Algumas companhias estão ampliando a oferta de benefícios voltados à saúde e à qualidade de vida dos colaboradores, segundo a própria HRtech.

Benefícios flexíveis também ganharam espaço, permitindo que os trabalhadores direcionem valores recebidos para áreas como saúde, alimentação, educação ou transporte. Mas embora esses benefícios ajudem a suavizar o impacto da volta aos escritórios, para Purri é preciso repensar o modelo de trabalho como um todo, combinando benefícios relevantes e políticas de flexibilidade.

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