Intel transforma RealSense em nova empresa de robótica com aporte de US$ 50 milhões

A Intel anunciou nesta sexta-feira (11) a separação de sua divisão de robótica e biometria baseada em inteligência artificial (IA), batizada de RealSense, com um aporte inicial de US$ 50 milhões em rodada Série A. O investimento é liderado pelo fundo de inovação da MediaTek e pela Intel Capital, segmento de investimentos da própria fabricante de chips, que também será desmembrado como parte da nova estratégia.
Com foco em ferramentas para automação robótica, a RealSense pretende usar os recursos para expandir seu portfólio de produtos e atender à crescente demanda global por tecnologias baseadas em IA física. Nadav Orbach, atual vice-presidente e gerente de inovação disruptiva da Intel, assumirá como CEO da nova empresa.
“O momento é agora para a IA física”, declarou Orbach à CNBC, explicando que o mercado está amadurecido e pede soluções mais acessíveis e seguras.
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Demanda crescente por automação atrai gigantes da tecnologia
A movimentação da Intel ocorre em meio ao aumento global de investimentos em robótica e automação. Empresas como Tesla e Amazon têm apostado fortemente nesse mercado, e a Morgan Stanley projeta que o setor de robôs humanóides poderá atingir um valor de mercado de US$ 5 trilhões até 2050.
CEOs como Jensen Huang, da Nvidia, e Marc Benioff, da Salesforce, também destacaram a importância da robótica como próximo grande salto tecnológico após a IA.
A RealSense, anteriormente conhecida como Intel Perceptual Computing, nasceu há mais de uma década, tendo lançado seu primeiro produto em 2015. Com cerca de 130 funcionários nos Estados Unidos, Israel e China, a empresa atende fabricantes de robôs autônomos, como Eyesynth e Unitree Robotics.
Intel mantém participação minoritária na RealSense
Apesar da separação, a Intel continuará como acionista minoritária da RealSense. A companhia, que vem passando por uma série de cortes de custos após um dos piores anos de sua história na bolsa, aposta que a nova estrutura pode acelerar a inovação e destravar valor em áreas específicas de atuação.
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