Investigação aponta que Faraó dos Bitcoins tinha grupo para ameaçar e eliminar concorrentes

Uma investigação das forças de segurança do Rio de Janeiro e do Ministério Público apontaram que Glaidson Acácio dos Santos, o faraó dos bitcoins, tinha um grupo de inteligência para identificar, monitorar e executar inimigos do mercado de pirâmide financeira e criptomoedas. Conversas e mensagens de telefone revelaram que Glaidson mandava o setor de inteligência executar os inimigos e concorrentes. A operação Egito, realizada na semana passada, foi a responsável pela descoberta. Agentes de segurança nativa e aposentados eram recrutados para fazer parte desse grupo de monitoramento e execução. Glaidson, segundo as investigações, destinava parte dos recursos com criptomoedas e pirâmides financeiras para bancar aluguel de carros, compra de armas, pagar seguranças e contratar detetives e pistoleiros para garantir o monopólio em em Cabo Frio, na região dos lagos, onde funcionava a empresa dele, a Gass Consultoria. O monitoramento realizado pelo grupo era tão sofisticado que chegava a utilizar drones e informações sigilosas obtidas de formas ilegal no banco de dados das forças de seguranças do Rio. Glaidson já é réu em dois processos que envolvem tentativa de homicídio e homicídio. Um dos alvos morreu e o outro sobreviveu. O faraó dos bitcoins foi apontado como mentor dos crimes. Atualmente, ele está preso no Complexo de Bangu, na zona oeste do Rio de Janeiro. Ele permanece na localidade desde a realização da operação Criptos, em agosto de 2021. Glaidson chegou a se lançar como candidato a deputado federal nas eleições deste ano, teve muitos votos, mas não atingiu o patamar necessário. A esposa dele, uma venezuelana que continuaria à frente do esquema de pirâmides financeiras e criptomoedas, está foragida e segundo informações da polícia pode estar escondida nos Estados Unidos.

*Com informações do repórter Rodrigo Viga