Investigação demonstrará que Ibaneis não foi conivente com atos de 8 de janeiro, diz defesa do governador

A defesa do governador afastado Ibaneis Rocha, que foi autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira, 15, a retomar sua função no Distrito Federal, disse que a “investigação demonstrará que o governador não foi conivente com os atos de 8 de janeiro”, diz um trecho da nota, assinada pelos advogados Cleber Lopes e Alberto Zacharias Toron. No texto, a defesa afirma que Ibaneis “recebeu com muita alegria a decisão do ministro Alexandre de Moraes que determinou a sua volta ao exercício das funções para as quais foi democraticamente eleito”. Os advogados também disseram que “a decisão do STF ressalta que os Relatórios de Análise da Polícia Judiciária relativos ao governador ‘não trazem indícios de que estaria buscando obstaculizar ou prejudicar os trabalhos investigativos, ou mesmo destruindo evidências, fato também ressaltado pela defesa e pela ProcuradoriaGeral da República’”. Para finalizar, a defesa frisou que a continuidade da investigação vai demonstrar que o governador não foi conivente com os atos de 8 de janeiro. “Além da colaboração que prestou ao desenvolvimento do inquérito, depondo espontaneamente e entregando voluntariamente seu aparelho celular”. Como a Jovem Pan mostrou, em 9 de janeiro, Alexandre de Moraes determinou o afastamento de Ibaneis por 90 dias após a invasão da Praça dos Três poderes e depredação do patrimônio público, incluindo sedes de instituições democráticas e seus acervos de arte. Na ocasião,  Ibaneis chegou a publicar um vídeo pedindo desculpas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelos crimes que ocorreram em Brasília, sem que houvesse ações de prevenção da polícia, bem como ação eficaz e rápida para encerrar os atos.