Investimento dos bancos em tecnologia cresce 179% em cinco anos. Telecom perde espaço.
A Febraban, Federação Brasileiro de Bancos, divulgou hoje, 10, o primeiro volume de sua pesquisa anual sobre a adoção de tecnologia pelo setor bancário. Os dados mostram que as instituições financeiras ampliaram os investimentos em 179% de 2020 a 2024. E para 2025, espera-se alta nos aportes em 13% devido à migração de serviços e processos para a nuvem, bem como adoção maior da inteligência artificial generativa.
Segundo o levantamento, em 2024 os bancos destinaram R$ 42,3 bilhões a despesas e investimentos em tecnologia, ante R$ 26,7 bi em 2020.
Dos investimentos, os bancos ampliaram pouco os gastos em telecomunicações no período, no entanto. Em 2020 aportavam cerca de R$ 200 milhões em telecom, valor que aumento para R$ 300 milhões no ano passado. Já as despesas com telecom caíram de R$ 2,8 bilhões para R$ 2 bilhões nestes cinco anos. Ou seja, os bancos despenderam R$ 800 milhões a menos com o conectividade e voz em 2024 do que em 2020.
Em termos proporcionais, 11% dos investimentos do bancos ia para telecomunicações em 2020. Porcentual que caiu ano a ano e chegou a 5% em 2024.
Em compensação, o setor também reduziu, proporcionalmente ao total, os investimentos em software, mas triplicou o montante destinado a serviços de TI.
A pesquisa da Febraban, realizada pela consultoria Deloitte, aponta ainda em quais segmentos os bancos vão aumentar o investimento em 2025. Em IA, analytics e big data haverá expansão de gastos de 61%, para R$ 1,8 bilhões. Em CRM a altar será de 23%, para R$ 551 milhões.
Mas a tendência de migração para cloud será o principal investimento. O investimento de migração para nuvem pública vai crescer 30%, chegando a R 2,4 bilhões. Já a migração para nuvem privada vai dar um salto de 514%, somando R$ 725 milhões.
Isso está relacionado à IA, que vem sendo utilizada para reduzir custos com processos internos, e que demanda mais aplicações rodando em nuvem.
Uso de IA
De acordo com a pesquisa, as instituições apontaram a redução de custos e o ganho de eficiência operacional (ambos com 74%) como os principais benefícios decorrentes da adoção da Inteligência Artificial. Além disso, a IA também se destaca no reforço à segurança de dados, a partir da identificação de potenciais riscos (63%) e no apoio à análise de dados (58%). Ainda, a tecnologia começa a ser fortemente aplicada na personalização dos serviços (47%) e na previsão de tendências e comportamentos (37%).
O levantamento mostra que mais de oito em cada dez bancos já incorporam a inteligência artificial generativa (GenAI) nas operações e reportam ganhos mensuráveis, com um aumento médio de 11,4% na eficiência dos processos pós-adoção de IA e GenAI, sendo que 38% dos bancos apontaram um aumento de eficiência acima de 20%.
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