Isenções para produtos de tecnologia nos EUA são temporárias, diz secretário de Comércio de Trump

Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, em destaque. Ele está usando um terno azul escuro, camisa branca e gravata vermelha, com uma expressão séria e olhar fixo. Ao fundo, há um padrão desfocado em EUA vermelho, branco e azul, remetendo às cores da bandeira americana. A imagem transmite formalidade e autoridade (ordem executiva, ações)

Apesar do anúncio recente de isenção de tarifas para eletrônicos como laptops e smartphones, o setor de tecnologia ainda não está livre de novos encargos, conforme explicou neste domingo (13) o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick.

Em entrevista ao programa This Week, da ABC, ele afirmou que os produtos foram temporariamente excluídos das tarifas “recíprocas” impostas pelo governo Trump, mas devem ser incluídos em uma nova rodada de tarifas específicas para semicondutores, prevista para os próximos um ou dois meses, de acordo com o TechCrunch.

Na prática, isso significa que dispositivos eletrônicos ainda podem ser taxados de forma indireta, já que componentes fundamentais como chips e painéis planos serão alvos diretos dessas novas medidas. “Todos esses produtos vão cair na categoria de semicondutores, com tarifas voltadas a garantir que sua produção seja trazida de volta aos EUA”, disse Lutnick, reforçando a meta de reindustrialização americana.

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Questionado sobre os possíveis impactos para os consumidores, como o aumento de preços, o secretário afirmou que não espera esse efeito. Segundo ele, a prioridade é fomentar a fabricação local, uma visão que, para críticos ouvidos pelo TechCrunch, beira o irrealismo, ao imaginar uma cadeia produtiva intensiva em mão de obra nos moldes da fabricação de iPhones sendo transferida para solo americano.

Ainda no fim de semana, o próprio Donald Trump comentou o tema em sua rede, a Truth Social. Segundo ele, não houve nenhuma isenção de tarifas anunciada na sexta-feira, contradizendo parte da cobertura da imprensa e do próprio governo.

Trump afirmou que os eletrônicos fabricados na China continuam sujeitos a uma tarifa separada de 20%, que ele associou ao combate ao fentanil, e que os produtos estão apenas sendo realocados para uma nova “categoria tarifária”.

O ex-presidente também acusou a mídia de distorcer os fatos e declarou que sua equipe está preparando uma investigação tarifária de segurança nacional que pode atingir toda a cadeia de suprimentos eletrônica, com foco especial em semicondutores.

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