Juiz rejeita acordo de confissão de culpa da Boeing por fraudes após acidentes do 737 Max

Um juiz norte-americano decidiu não aceitar o acordo de confissão de culpa da Boeing, que estava relacionado a fraudes após os trágicos acidentes do modelo 737 Max. O magistrado Reed O’Connor criticou a inclusão de uma cláusula de diversidade e inclusão na escolha de um monitor para supervisionar as práticas de conformidade da empresa, afirmando que isso poderia comprometer a confiança na seleção baseada em habilidades. Essa decisão marca um novo capítulo na saga da Boeing, que ainda enfrenta processos judiciais movidos pelas famílias das vítimas dos acidentes ocorridos em 2018 e 2019.
A empresa, que já lida com dificuldades financeiras, também está sob intenso scrutínio por parte de reguladores e da opinião pública. O juiz O’Connor argumentou que as condições do acordo “marginalizam erroneamente” o papel do tribunal na escolha e supervisão do monitor. Até o momento, a Boeing não se manifestou sobre a decisão, enquanto o Departamento de Justiça dos Estados Unidos informou que está analisando a situação.
Em janeiro de 2021, a Boeing havia concordado em pagar US$ 2,5 bilhões para evitar a acusação de fraude relacionada aos acidentes que resultaram na morte de 346 pessoas. No entanto, o Departamento de Justiça reabriu a acusação após um incidente envolvendo um painel de porta de um 737 Max durante um voo comercial, alegando que a empresa não cumpriu os termos do acordo anterior.
O juiz enfatizou que a gravidade do caso exige que o público tenha confiança na seleção do monitor, priorizando a competência em vez de iniciativas de diversidade e inclusão. As famílias das vítimas se manifestaram contra a inclusão de considerações de DEI e solicitaram que o juiz rejeitasse o acordo, considerando-o insuficiente.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Fernando Dias