Justiça de SP decreta prisão preventiva para dupla encontrada com bebê desaparecido em SC

A Justiça de São Paulo determinou a prisão preventiva de dupla flagrada com bebê desaparecido em Santa Catarina. Nicolas Areias Gaspar, de 2 anos, estava desaparecido desde o dia 30 de abril, segundo a Polícia Civil catarinense, e foi encontrado na última segunda-feira, 8, no bairro do Tatuapé, zona leste de São Paulo. O menino estava em um carro com Marcelo Valverde e Roberta Porfírio, que foram presos em flagrante por tráfico de pessoas. A determinação ocorreu após audiência de custódia nesta terça-feira, 9. “Em audiência de custódia realizada ontem, 9, Roberta Porfírio de Sousa Santos e Marcelo Valverde Valezi tiveram a prisão em flagrante convertida em preventiva”, informou o Tribunal de Justiça. Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP), os policiais conseguiram chegar até os dois após serem informados de que um carro envolvido em uma ação criminosa estava trafegando no Tatuapé. O menino estava no banco traseiro. Em contato com a polícia de Santa Catarina, os militares foram informados que a criança tinha uma queixa de desaparecimento e que o veículo encontrado em São Paulo é o mesmo utilizado para transportar o bebê.

De acordo com a SSP, o carro estava com as placas adulteradas. Ainda segundo a pasta, o homem e a mulher, que não são casados, foram presos em flagrante. Em entrevista coletiva realizada na tarde desta terça-feira, 9, o tenente Sérgio Rodrigo Brandão e o sargento Márcio Roberto dos Santos Severino, responsáveis pela abordagem, informara que a mulher tinha a certidão de nascimento original do menino e relatou aos agentes que estava indo até um fórum para regularizar a adoção da criança. Os agentes informaram que o bebê estava bem e não havia nenhum sinal de violência e nem chorou quando foi encontrado. O homem preso na ação disse aos policiais que intermediou o contato com mãe do bebê.

Em contato com o site da Jovem Pan, a defesa de Marcelo, representada pelas advogadas Laryssa Nartis e Katharine Grimza, a mãe da criança e o rapaz se conheciam há dois anos. De acordo com as advogadas, o homem tinha interesse em doar a criança, mas a mãe recuou. Recentemente, a mulher voltou a entrar em contato com Valverde e tinha a intenção de doar a criança. Foi então que o homem apresentou Roberta à mãe do bebê. A defesa informou que irá recorrer da decisão e nega que havia que tenha havido o crime de tráfico de pessoas. A reportagem da Jovem Pan tenta localizar a defesa de Roberta e a da mãe biológica do garoto.