Klara Castanho dá primeiro relato sobre estupro e exposição forçada: ‘Denunciei todos os crimes’

A atriz Klara Castanho falou pela primeira vez na TV sobre a violência sexual que sofreu. O caso repercutiu no ano passado após se tornar público que a artista engravidou do agressor e deu a criança para adoção. A jovem de 22 anos escolheu o “Altas Horas”, da Globo, para se pronunciar sobre o caso. Até então, Klara evitou falar do assunto em entrevistas e se manteve distante das redes sociais. “Foi um período de recolhimento voluntário depois de tudo o que aconteceu no ano passado. Depois que vim a público, de novo, de forma forçada, eu denunciei todos os crimes aos quais fui submetida. Todos, sem nenhuma exceção. E o que me resta neste momento, e ainda bem, é confiar na Justiça e eu confio muito. Não só na Justiça, mas numa Justiça maior”, afirmou a atriz. O programa vai ao ar neste sábado, 4, e a declaração de Klara foi adiantada pela colunista Patrícia Kogut, do jornal O Globo. O apresentador Serginho Groisman contou que a atriz falou no “Altas Horas” sobre como foi ser forçada a expor algo tão íntimo em uma carta aberta nas redes sociais. 

O pronunciamento de Klara no Instagram aconteceu após ela ser ameaçada. Com receio de como a história poderia vazar na mídia, ela decidiu soltar um comunicado esclarecendo os fatos. “Esse é o relato mais difícil da minha vida. Pensei que levaria essa dor e esse peso somente comigo. No entanto, não posso silenciar ao ver pessoas conspirando e criando versões sobre uma violência repulsiva e de um trauma que eu sofri. Eu fui estuprada”, declarou a atriz em um trecho da carta aberta. Ela relatou no post que foi vítima de violência sexual e explicou que optou por dar a criança para a adoção porque sua gravidez não foi desejada e nem fruto de um descuido. “Vocês não têm noção da dor que eu sinto. Tudo o que eu fiz foi pensando em resguardar a vida e o futuro da criança. Cada passo está documentado e de acordo com a lei. A criança merece ser criada por uma família amorosa, devidamente habilitada à adoção, que não tenha as lembranças de um fato tão traumático. E ela não precisa saber que foi resultado de uma violência tão cruel.”