Liderança empática: conheça a jornada de Renata Santos na IBM

Com 27 anos de carreira na IBM, Renata Santos é uma das líderes que consegue equilibrar sua trajetória com um olhar focado na inovação e na gestão de pessoas. Carioca de nascimento e paulista de coração, ela construiu uma carreira de sucesso no mundo da tecnologia, com uma visão que combina excelência técnica e uma gestão de pessoas empática e colaborativa.
Quando entrou para a IBM em 1998, Renata tinha apenas 20 anos. “Eu vinha da economia, não da tecnologia, e foi a IBM que me deu a chance de aprender. O processo de integração e desenvolvimento de carreira foi fundamental para mim”, comenta.
Já nos primeiros anos na empresa, Renata foi parte de um projeto desafiador que a levou a coordenar a criação de um centro de competência em Hortolândia, interior de São Paulo, que somava 2,5 mil profissionais. Foi aí que se mudou do Rio de Janeiro para Campinas. A experiência de gerenciar um time jovem e lidar com questões complexas de recrutamento e formação foi um ponto de virada em sua carreira, revela. “Foi ali que descobri minha paixão por cuidar das pessoas e ajudá-las a alcançar o seu próximo nível. Esse aprendizado foi, sem dúvida, uma das maiores conquistas profissionais”, diz.
Ao longo dos anos, Renata foi se destacando não apenas por sua competência técnica, mas por sua habilidade em construir relações duradouras e valiosas. A transição de funções foi sempre marcada pelo desejo de explorar o desconhecido, como ela mesma conta. “Sempre me desafiei a sair da zona de conforto. Fui de uma área de back-office para vendas. Eu não tinha todos os hard skills, mas possuía as soft skills essenciais para navegar naquele novo cenário.”
Próxima parada? Vendas
O grande marco da carreira de Renata, no entanto, foi sua ascensão à posição de executiva de vendas técnicas, um cargo que representava um grande desafio, lembra, principalmente pelo perfil técnico da área. Ela se deparou com uma situação inusitada: um time de altíssimo nível técnico, que não precisava da sua intervenção direta, mas que exigia sua liderança empática. “Foi um dos maiores aprendizados da minha carreira. Em vez de tentar competir com o conhecimento técnico, descobri que o meu papel era ser facilitadora, ajudando a criar um ambiente em que as pessoas pudessem prosperar e ser mais produtivas”, explica.
Hoje, Renata ocupa um cargo de grande relevância na IBM, liderando a área de Z Stack na América Latina, um conjunto de plataformas que integra hardware, como o mainframe, e software para transformar as operações dos clientes. Para ela, a diversidade cultural da região tem sido uma das maiores riquezas do seu trabalho. “Trabalhar com pessoas de diferentes países e realidades me ensina todos os dias a ser mais empática e a compreender melhor as necessidades dos nossos clientes”, conta Renata, que lidera uma equipe de 60 pessoas espalhadas por diversos países da América Latina.
Mulheres que inspiram
Em sua trajetória, Renata também reconhece a importância das mulheres que a inspiraram e ajudaram a desenhar sua visão de liderança. “Quando comecei, procurei mulheres para me aconselharem, e uma delas, com muita sabedoria, me disse algo que nunca esqueci: ‘Não precisa ser agressiva para mostrar o seu valor. Seja a Renata, com suas qualidades e defeitos. É assim que você vai se complementar e aprender todos os dias’”, relembra.
Esse conselho, que a acompanhou por anos, também é algo que a executiva procura transmitir às novas gerações. Ela fala sobre a importância de ser mentora e de incentivar outras mulheres a se desenvolverem no ambiente corporativo. “Acredito muito no poder de compartilhar. Hoje, tenho o privilégio de poder ajudar outras mulheres a se posicionarem de forma assertiva e a se prepararem para os próximos passos”, assinala.
Apesar de todo o sucesso, Renata é franca ao falar sobre os desafios que ainda enfrenta. “Em um mundo que muda tão rápido, o maior de todos é a gestão do tempo. Como podemos otimizar o tempo para que nossas equipes atendam da melhor forma às demandas do mercado? Isso exige um esforço contínuo”, afirma. Para ela, a chave está na diversidade de habilidades na equipe. “Quanto mais habilidades complementares, mais forte será a nossa capacidade de responder aos desafios do mercado”, diz Renata.
A forma como Renata enxerga a liderança é um reflexo da sua visão de mundo: empática, colaborativa e focada no desenvolvimento humano. Em um mercado em que o foco muitas vezes está na técnica, ela lembra que a verdadeira transformação vem da capacidade de liderar com o coração. Como ela mesma diz: “O mainframe é a melhor tecnologia do mundo, mas ele só é um sucesso porque tem pessoas por trás”, finaliza a executiva, que valoriza o potencial humano.
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