Lula critica proposta de anistia e afirma que Bolsonaro ‘vai perder outra vez’ se disputar a Presidência
Nesta quarta-feira (5), o presidente Lula manifestou sua desaprovação em relação aos pedidos de anistia para os condenados pelos eventos de 8 de janeiro, feitos por Jair Bolsonaro, do PL. Ele questionou a legitimidade das reivindicações de inocência antes que as punições sejam definidas e lembrou que ex-presidente, que se encontra inelegível até 2030, enfrenta investigações da Polícia Federal em três inquéritos, incluindo um sobre a tentativa de golpe de Estado.
“Nem terminou o processo e as pessoas já querem anistia, ou seja, eles não acreditam que sejam inocentes? Eles deveriam acreditar [na inocência] e não ficar pedindo anistia antes de o juiz determinar qual é a punição ou se vai ter. Quando pessoas nem foram condenadas e estão pedindo anistia é porque estão se condenando”, declarou em entrevista a rádios de Minas Gerais.
Lula também desafiou o ex-presidente, afirmando que, caso a Justiça reconsidere sua inelegibilidade e permita sua candidatura, Bolsonaro enfrentaria uma nova derrota nas urnas. “Vocês terão direito de defesa que nunca houve para mim, para ele vai haver. E, se a Justiça entender que ele pode concorrer às eleições, ele pode concorrer e, se for comigo, vai perder outra vez. Não há possibilidade de a mentira ganhar a eleição nesse país”, afirmou o petista.
O atual presidente criticou ainda a decisão de Bolsonaro de se exilar em Miami após as eleições de 2022, ressaltando a falta de respeito ao não comparecer à cerimônia de posse. “Se ele fosse um homem que não tivesse preparado toda aquela podridão de comportamento, ele teria ficado e dado posse como qualquer ser humano civilizado faria, mas ele não. Vamos aguardar o julgamento com muita tranquilidade”, expressou.
Atualmente, um projeto de lei que propõe anistia aos condenados do 8 de janeiro está sendo analisado na Câmara dos Deputados, gerando intensos debates políticos. Bolsonaro acredita que a aprovação dessa proposta pode ser vantajosa para ele, uma vez que está interligada a outras iniciativas que poderiam reverter sua situação de inelegibilidade.
O novo presidente da Câmara, Hugo Motta, do Republicanos da Paraíba, garantiu que a discussão sobre o tema será conduzida de maneira imparcial nos próximos dias. A tramitação do projeto de lei se tornou um ponto crucial nas relações políticas, refletindo a polarização entre os grupos que apoiam e os que se opõem a Bolsonaro.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Victor Oliveira