Lula reúne ministros e presidente do BC para definir medidas contra tarifa imposta pelos EUA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu ministros e o presidente do Banco Central na noite deste domingo (13), no Palácio da Alvorada, para discutir a resposta do governo brasileiro à decisão dos Estados Unidos de impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. A medida anunciada pelo presidente americano Donald Trump está prevista para entrar em vigor em 1º de agosto. Entre as ações em análise está a criação de um comitê com empresários, com o objetivo de buscar soluções conjuntas para os impactos da medida sobre a economia nacional.
Participaram do encontro o vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin; o ministro da Fazenda, Fernando Haddad; a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann; o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro; o ministro da Secretaria de Comunicação, Sidônio Palmeira; o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo; o líder do governo no Senado, Jaques Wagner; a secretária-geral do Itamaraty, Maria Laura da Rocha; e a secretária-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior.
Mais cedo, Alckmin afirmou que o governo deve editar, até terça-feira (15), um decreto que regulamenta a chamada Lei da Reciprocidade, aprovada pelo Congresso. A norma autoriza o Brasil a adotar medidas tarifárias e não tarifárias contra países que dificultem as exportações brasileiras. Segundo o vice-presidente, o governo ainda tenta reverter a tarifa, considerada “inadequada e injustificável”.
Também neste domingo, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, publicou uma carta em defesa da democracia e criticou os argumentos usados pelo governo americano para justificar o tarifaço. Barroso classificou a decisão como baseada em uma “compreensão imprecisa” dos acontecimentos recentes no Brasil. “As diferentes visões de mundo nas sociedades abertas e democráticas fazem parte da vida, mas não dão a ninguém o direito de torcer a verdade ou negar fatos concretos”, afirmou o ministro.
*Reportagem produzida com auxílio de IA